Capim ou Rosas?

Há alguns anos, durante uma conversa acerca do trabalho em grupos, uma irmã me perguntou:

- O que é mais fácil de plantar: o mato ou a rosa?

Meditei bastante naquelas palavras e cheguei a algumas conclusões que gostaria de compartilhar com todos vocês, epecialmente líderes:

A roseira é difícil de cultivar, “pegar” como se diz por aqui. Você precisa tentar plantá-la muitas vezes e ter muito cuidado e carinho.

O capim, o mato, você nem precisa plantar. Ele nasce em qualquer lugar, mesmo nos menos esperados.

A roseira floresce e espalha beleza, aroma e cor. Apesar dos espinhos, é gratificante ter uma roseira, pois além do bem-estar que nos oferta, atrai a atenção dos que passam, que chegam a desejar uma daquelas bonitas rosas! Há sempre um ar risonho num jardim com rosas!

O capim para nada serve, a não ser, para ser arrancado e queimado. Nasce ao sopé dos muros e paredes, é capaz de rachar estruturas de cimento e alguns tipos são difíceis de exterminar. Sempre fica uma raiz ou outra que teima em nascer e tornar horrível o ambiente. Dá uma impressão de descaso e abandono, de falta de amor e carinho.

A roseira se expande de um só ramo.

O capim se multiplica em pequenos tufos.

As contendas, as murmurações e fofocas, a rebelião, o descompromisso, o desânimo e a falta de união são como o capim.

Um dia, quando menos perceber, estão espalhados por todos os lugares, fincando suas raízes no profundo da terra. Enfeiam e tornam horrível a paisagem de um grupo.

O que estamos cultivando? Rosas ou capim?

“Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.”
Hb 12:15