sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Vaso de Alabastro



Vaso de Alabastro

Autor: Alda Célia
Canta: Fernanda Brum


Adorar a Deus é mais que cantar
Adorar a Deus é mais que erguer as mãos
Não consiste em rituais e tradições
Adorar a Deus é mais,
Mais do que vãs repetições

O vazo de alabastro tem que ser quebrado
E o perfume tem que ser
Totalmente derramado
Só quem conhece a grandeza
Do perdão que recebeu
Entrega em amor todo tesouro seu
Para adorar a Deus

Adorar a Deus vai além das emoções
É o Santo Espírito tocando
E transformando os corações
Pois a unção e o poder do Seu olhar
Nos faz sorrir, nos faz chorar
Nos faz perder para ganhar...

O vazo de alabastro tem que ser quebrado
E o perfume tem que ser
Totalmente derramado
Só quem conhece a grandeza
Do perdão que recebeu
Entrega em amor todo tesouro seu
Para adorar a Deus

No ar

Após alguns dias sem poder acessar a internet nem atualizar o blog por problemas de ordem técnica, estamos de volta.
Que a paz do Senhor esteja com todos vocês!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Santidade para servir

Porque esta é a vontade de Deus: a vossa santificação” I Tessalonissenses 4.3

A santidade é um fator importantíssimo par o serviço da Casa do Senhor. A palavra "santo" pode ter significado bíblico de separado, exclusivo para Deus, reservado e era condição sine qua non para tudo e todos que estivessem perante o Senhor, fôsse o ofertado ou fôsse aquele que trabalhasse ao redor do altar. Para entender um pouco mais a respeito desta afirmação e de sua seriedade, lembremo-nos de que o sacerdote vestia vestes santas para ministrar no santuário do Tabernáculo (Ex. 39:1) e dentre os seus apetrechos, havia um que o lembrava sempre e anunciava essa prerrogativa. Era um diadema em sua testa onde se lia: “Santidade ao Senhor” (ou "Santo ao Senhor" na versão R.C.).

Diferente do que alguns pensam, a santificação começa no interior, no âmago, mas necessariamente tem que ser refletida no exterior, no corpo, nos atos, nos gestos. Perceba o que a Bíblia diz: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo e todo o vosso corpo, alma e espírito sejam plenamente conservados, irrepreensíveis” I Tess 5.23. Nada escapa.

Servimos a um Deus santo e que nos orienta: “Sede santos pois Eu, o Senhor, sou Santo.” I Pe 1.16; E a Bíblia assim nos recomenda: “Assim como é santo aquele que vos chamou, sede também santos em toda a vossa maneira de viver” I Pe 1.15 .

Satanás certamente fica irado quando dizemos ou demostramos que somos santos, separados, diferentes, e o mundo também não aceita quando revelamos isto. Jesus disse: “Se vocês fossem do mundo, o mundo vos amaria, mas vocês não são do mundo por isto o mundo vos aborrece!” Jo 15.19.

A santidade é preciosa para o Senhor. Até o Espírito que em nós habita e nos qual estamos selados, é chamado Santo. Poderia ser o Espírito da Graça, ou o Espírito Consolador ou o Instruidor, mas é o Espírito Santo e Ele se move em nós!

A santidade não está no que você não faz. Está muito mais revelada no que você evidentemente faz. Muitas pessoas não bebem, não fumam, não dizem palavras torpes mas não são santas mas as obras de uma pessoa santificada são as obras do Espírito, descritas em Gálatas 5.

Atentemos para o aviso do apóstolo em sua recomendação: “Seguí a paz com todos e a santificação sem a qual ninguém verá o Senhor.” Hebreus 12.14

Boa semana a todos!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Cuidados no uso da voz

Os músicos-cantores, pregadores e também os professores de Seminários e da EBD precisam cuidar de seu principal instrumento: a voz.


A voz é algo tão característico e importante como a nossa própria fisionomia e impressão digital ela varia de acordo com o sexo, idade, profissão, personalidade, estado emocional e a intenção que a usamos. É através da nossa voz que expressamos nossos sentimentos, emoções, idéias e pensamentos. Ela também mostra quem nós somos, além de conseguimos nos comunicar com outras pessoas só utilizando a voz, como por exemplo em uma conversa ao telefone, e seremos compreendidos perfeitamente.

Todos precisam ter cuidados com a voz, mas para quem utiliza a voz profissionalmente, é preciso ter alguns cuidados vocais essenciais, com isso é possível manter a integridade vocal.

Uma voz saudável significará sempre uma voz agradável, flexível e fácil de utilizar.

Segue uma listagem dos cuidados de saúde e higiene vocais, elaboradas por profissionais da área, que ajudarão a preservar a voz e evitar disfonias* (alterações vocais com origem orgânica e/ou funcional) além de contribuir para o seu tratamento, e assim, tornar eficaz a comunicação da mensagem:

Em caso de quaisquer sintomas ou dificuldades a nível vocal, deve ser procurado um Otorrinolaringologista e um orientador de Técnica Vocal.

- Manter uma postura correta enquanto se trabalha com a voz: corpo ereto com correto alinhamento do eixo cabeça-pescoço-costas, mas relaxado.

- Aquecer e desaquecer a voz antes e depois dos esforços vocais, através dos exercícios aprendidos nas sessões de Técnica Vocal.

- Manter o aparelho fonador hidratado, bebendo uma média de 2 litros de água por dia, de preferência à temperatura ambiente.

- Praticar uma alimentação saudável, rica em alimentos leves e de fácil digestão (frutas, legumes, vegetais, peixe, frango).

- Ingerir frutas cítricas in natura ou em sucos, que auxiliam a absorção do excesso de secreções, e maçã, que tem propriedades adstringentes.

- Dormir 8 horas por noite e repousar nos períodos de maior trabalho vocal.

- Fazer repouso vocal após o uso intensivo da voz.

- Relaxar e trabalhar o controle emocional.

- Praticar algum exercício físico regularmente (respiração e alongamento dos músculos).

- Sempre que possível, respirar pelo nariz (filtra, aquece e umidifica o ar).

- Aprender a ouvir a própria qualidade vocal, para reconhecer o esforço vocal e as tensões desnecessárias e conseguir assim evitá-las.

- Em caso de sintomas ou dificuldades a nível vocal, consultar um Otorrinolaringologista ou um orientador de Técnica Vocal.

- Evitar competição sonora entre a sua voz e o barulho intenso de ambientes ruidosos.

- Evitar a permanência em ambientes refrigerados ou aquecidos por ar condicionado, já que este retira a humidade do ar. Tome sempre muita água durante sua estadia em lugares com ar-condicioando.

- Evitar ambientes com poeiras, mofo ou cheiros fortes e irritantes.

- Evitar tossir ou pigarrear, já que favorecem o atrito nas cordas vocais; É melhor optar por engolir saliva ou beber água para afastar o incômodo.

- Evitar alimentos pesados, muito condimentados ou gordurosos antes de deitar, para evitar o refluxo gastroesofágico.

- Evitar também estes alimentos antes do esforço vocal.

- Moderar o consumo de café, chá preto e bebidas com gás, entre outras bebidas irritantes.

- Evitar o consumo de leite e derivados antes de intensa actividade vocal, pois aumentam a secreção de muco no tracto vocal.

- Evitar usar muito a voz após ingestão de grandes quantidades de aspirina, calmantes ou diuréticos, que ressecam a mucosa.

- Evitar as roupas apertadas junto ao pescoço e cintura (golas altas, camisas e gravatas muito apertadas, cintos apertados, calças ou saias muito justas) e sapatos de salto muito alto.

- Evitar falar enquanto se faz exercício físico.

- Evitar o cigarro, grande inimigo de quem trabalha com a voz.

- Evitar esforço vocal ou cantar quando não se apresentam boas condições de saúde, principalmente estados gripais ou crises alérgicas.

- Nunca expor o aparelho fonador a choques térmicos, como mudanças bruscas da temperatura do ar e alimentos ou bebidas geladas ou muito quentes.

- Evitar locais poluídos com fumo, seja ele originado por tabaco, fogueiras, escapes de automóveis, etc.

- Não utilizar o álcool ou qualquer outro tipo de drogas como desinibidores, pois ressecam e anestesiam a garganta, possibilitando abusos vocais.

- Evitar gritar, falar muito alto ou sussurrar, já que submetem as cordas vocais a um esforço exagerado e atrito.

- Evitar entrar nas reservas de ar (quase sem fôlego) durante o uso da voz falada.

- Não trabalhar a voz ou ensaiar por mais de uma hora sem descanso.

- Nunca tomar medicamentos por conta própria; o uso de pastilhas, sprays ou anestésicos sem orientação médica pode agravar os sintomas e ter graves consequências a longo prazo; por outro lado, o mesmo medicamento age de forma diferente em organismos diferentes.

- Evitar também o recurso a chás e infusões de efeito desconhecido, pois nem sempre resolvem o problema e podem acabar por irritar ou ressecar as mucosas.

O que mais afeta aqueles que utilizam a voz profissionalmente é a disfonia*, que é conhecida popularmente como rouquidão. Se a disfonia* (rouquidão) persistir por mais de 15 dias, procure um fonoaudiólogo


Adaptado de "Cuidados com Voz" e
"Cuidados especiais para quem utiliza a voz profissionalmente"
Para saber mais e acompanhar alguns exercícios vocais clique aqui.

(*) Disfonia é um distúrbio de comunicação, caracterizado pela dificuldade na emissão vocal, apresentando um impedimento na produção natural da voz. Pode ser ocasionado por uma disfunção, abuso vocal ou uso incorreto da voz, é mais freqüente em indivíduos que utilizam abundantemente a voz diariamente de uma forma incorreta.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O Corista e seu status

Silvio Araujo

Um conjunto coral de igreja possui metas e objetivos como por exemplo, o louvor e a adoração à Senhor, a pregação da Palavra cantada e a propagação da arte e educação musical para maior glória de Deus. O que acontece com frequência, é que os coralistas se esquecem do maior objetivo do Coral na Igreja, que é o de ofertar à Deus e se apegam a pontos meramente materiais. O canto coral pode oferecer prazer e até status a quem o executa, mas é preciso equilíbrio e cuidado quanto à estes sentimentos, direcionando os mesmos à sua experiência de crescimento espiritual, emocional e intelectual.

Classificamos três níveis:

O STATUS SOCIAL: Fazer parte de um grupo que se apresenta bem e tem um lugar de destaque na Igreja é para muitos motivo de orgulho máximo. Sabem que têm um lugar reservado na melhor bancada da congregação, participação garantida em todas as viagens do coro e consideram-se “escolhidos” para cantar. Pessoas que só observam sua participação no coral por esse ângulo, para marcar presença, rever seu nicho social, falar com os amigos e simplesmente cantar, sem se preocupar com sua situação espiritual ou sua função no culto, demonstram ter em mente a Igreja como um clube e o coral apenas uma agremiação recreativa, cultural ou social.

O STATUS ARTÍSTICO: “Nosso coral só canta obras dos grandes mestres", "É o melhor coro que tem por aqui!"... Estas frases podem constar do vocabulário de algum corista menos humilde e revelam a preocupação apenas com o lado artístico do canto coral. Pessoas assim não deveriam cantar em coros de igrejas e sim em casas de espetáculos, onde seus dotes artísticos são revelados para o deleite de uma platéia seleta e onde os aplausos ajudam a fortalecer o ego. É certo que o lado artístico é muitíssimo importante, afinal, trabalhamos com música, mas não é o mais importante!

Por outro lado, desprezar as indicações artístico-musicais no coro é fazer esse trabalho para Deus da forma mais relaxada possível, sem a preocupação de apresentar o melhor para o Senhor. Coros que não dão a necessária atenção e valor ao bom cantar são expostos à crítica e nunca conseguem transmitir plenamente a mensagem de seus hinos, além do que, seus componentes não se sentem motivados ou alegres com seu próprio desempenho.

Talvez essa preocupação excessiva tenha levado alguns coralistas a se tornarem exclusivamente artistas na Casa de Deus. Nada mais que isto.

O STATUS DE ADORADOR: Reconhecer sua responsabilidade e posição de ‘separado para cantar’ e executar seu dom musical da melhor forma possível, dedicando e entregando todo o resultado a Deus, seja talvez a performance mais apresentável do corista adorador. Ele deve saber que é instrumento e portanto deve estar conservado e afinado, pronto para que Deus o utilize.

O corista adorador é humilde e obediente, fiel a Deus e à Igreja e trabalha com o sentimento de conjunto (Nós) e não é exclusivista (o "Eu”) E procura sempre o bem comum (Todos). Para este, o templo não é apenas um lugar de ajuntamento social e sim, um lugar de comunhão, de oferta viva, santa e agradável a Deus, e o estrado do coral no dias da apresentações não é apenas um palco, mas, o lugar que Deus tem lhe confiado para anunciar, exortar, consolar e adorar, pois a música que ele canta fala ao mundo, à Igreja e ao próprio Deus!

"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem."
João 4.23

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Será que é louvor?

Será que toda a música que cantamos (e ouvimos) na Igreja é louvor?

Era o dia dos pais de 2008, e à caminho da Escola Dominical de minha igreja, eu acompanhava o culto matinal de certa igreja histórica através de uma das muitas emissoras FM aqui em Recife que transmitem programação evangélica.

Logo após o sermão o dirigente anunciou: "Agora vamos ouvir um louvor com a banda". O que ouvimos a seguir foi nada mais nada menos que "Meu querido, meu velho, meu amigo" de Roberto Carlos.

Pois bem, o "louvor" que pensei ser a Deus, era justamente uma música secular dedicada a pai daquele conhecido compositor e que, descabidamente, invadiu o santuário no que deveria ser um sagrado e solene culto divino.

Mas a confusão criada com a nomeação de qualquer música por louvor não é exclusiva daquele líder. Basta ligar a tv em programação evangélica para ver que a parte musical do culto foi denominda "louvor", independente do que se ouça (o termo "hino" já foi substituído por "canção" faz tempo).

Como é verdade que a música tem vários papéis num culto de adoração, inclusive o de louvor, realmente nem toda a música que ouviremos ou cantaremos num culto será louvor. Isso mesmo!

O termo louvor, segundo Aurélio, significa entre outras coisas, "elogio, exaltação, glorificação, aplauso", e serviu de palavra-chave para traduzir pelo menos sete palavras hebraicas para este ato. Não temos a intenção de esmiuçar isto agora.

Então quando cantamos uma música que exalta e honra ao Senhor, a Jesus Cristo ou ao Espírito Santo, glorifica seus feitos e proclama seus atributos, estamos louvando a Ele musicalmente.

A Bíblia convoca toda a criação a louvar ao Senhor: veja os Salmos 117:1, Salmo 148:2, Salmo 150:6, Apocalipse 19:5. Peceba que Deus deve ser louvado não somente no culto, mas em todo o tempo (Salmo 34:1) e não apenas musicalmente mais por nossas atitudes (Mt 5:16, I Pe 2.12).

Em nossos cultos ao Senhor, também o louvamos com palavras, expressões e brados de júbilo, não musicais, como sugerem os Salmos 66.1 e 98.4;

Louvamos a Deus e fazemos com que Ele seja louvado com nossas ofertas, dízimos e contribuições, reconhecendo a soberania e domínio Dele sobre tudo o que temos (Ageu 2.8, II Coríntios 9.13). Enfim, Deus pode ser louvado de diversas formas, inclusive (e mais abrangentemente) pela música que cantamos, que é o tema deste post.

Mas a música também é usada no culto como instrumento de ensino e fixação das verdades bíblicas. O Apóstolo São Paulo escreveu aos Colossenses (Col 3:16) que os mesmos, cheios da Palavra de Cristo, deveriam ensinar e admoestar uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais. Martinho Lutero usou a música como eficaz ferramenta para fixar a sã doutrina. Nada mais salutar que um coral ou grupo que cante a Palavra e há um sem fim de músicas baseadas em passagens bíblicas.

Não é difícil encontrar um repertório que seja literalmente igual ao texto bíblico. Assim como outros regentes, tenho buscado fazer isto nos corais que rejo e então podemos cantar Ipsi litteris os Salmos 148, 126, 100, 33, 23, Romanos 8:33, Mateus 11:28, Mateus 5, João 14.1, Marcos 16.15 e muitas, muitas outras passagens musicalizadas e arranjadas para coros, quartetos e grupos por diversos maestros e constantes de inúmeras publicações. Essa mensagem cantada é capaz e edificar, consolar, exortar e instruir, pela eficácia da Palavra que estamos transmitindo.

A música também deve ser usada na Igreja para proclamar o Evangelho. Aliás, como tarefa maior da Igreja, nada mais objetivo do que evangelizar também através da música. Quantos de nossos membros não foram alcançados por uma mensagem musical? Nem preciso falar muito nisso. Aqui no blog você pode ter um pequeno exemplo disto. Leia aqui alguns testemunhos. Por falar em testemunho, quantos de nosso hinos da Harpa Cristã não são testemunhos? Lembra do nº 15? e do nº 171?

Além de louvar a Deus, os diveros grupos de uma igreja podem ajudar o pastor, através da música, na tarefa de Missões, com progamações voltadas para este tema. Fizemos isto muitas vezes com o Coro Jovem Life, da Congregação da Assembleia de Deus em Córrego do Botijão (pastor presidente Pr Ailton José Alves), com as Cantatas Missionárias, eventos onde cantávamos músicas em diversos idiomas e apresentávamos um panorama missionário mundial além de incentivarmos os irmãos a interceder e contribuir por Missões, tudo obviamente supervisionado e avalisado por nossos líderes e pela Secretaria de Missões de nossa Igreja, cujos titulares participavam ativamente desses eventos e quando possível, enviavam missionários que estavam passando por aqui na época.

Há também ocasiões especiais, festivas, onde a igreja se reúne para agradecer a Deus pela Pátria, pelas mães, pais, dia ou aniversário do Pastor etc e nessas ocasiões algumas músicas temáticas são cantadas. Não podemos dizer que isso é louvor, embora Deus possa louvado pela execução delas.

Voltando ao assunto, louvor mesmo é algo que está se tornando raro no meio gospel. No meio "artístico" e na maioria das denominações evangélicas, especialmente no seio neo-pentecostal, o que temos ouvido é exltação ao homem, música de auto-ajuda recheada de humanismo, esperiências patéticas, mentirosas e nada edificante e um grande perigo: a substituição da teologia sadia por experiências de vida não tão ortoxas assim. Várias heresias são perpetuadas através da música e chegam a atravessar fronteiras denominacionais e doutrinárias. Pior é que criaram até ministério pra isso! Está ficando escasso o que se produz ou se executa em louvor ao Deus Trino, Todo-Poderoso, mas oramos para que mais músicas sejam entoadas sobre o Senhor e sobre seus atos, sua fidelidade, grandeza, domínio e sua majestade.

Bem, isto não é um estudo, mas um texto para refletirmos acerca do que estamos ouvindo e cantando. Louvor não é qualquer coisa e louvar não é algo feito de todo o jeito.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Pregadores e Músicos

O pregador que não participa plenamente dos cânticos não tem condições de ter ouvintes complemente atentos à sua mensagem.

É desinteressante ouvir alguém apresentar a mensagem cantada no culto sem ter interesse na mensagem pregada.

O pregador que não valoriza a música no culto, ainda não aprendeu a valorizar sua própria pregação.

O músico que participa do culto sem valorizar a pregação desvaloriza sua própria música.

É cantando alegremente com a igreja que o pregador tem a oportunidade de mostrar que a alegria apresentada em seu sermão é uma realidade em sua vida.

Quando o músico canta e se retira do culto, retira com ele parte da força da mensagem que cantou.

O pregador não participa do culto por sua habilidade em transmitir a mensagem, mas porque sua alma necessita ser saciada.

O músico não participa do culto por sua capacidade musical, mas por ser uma alma carente que anseia pelas correntes das águas.

O trabalho do pregador no culto não se justifica pela oratória, mas pela profundidade da experiência com Deus que não pode deixar de ser partilhada.

O trabalho do músico no culto não se justifica pela arte, mas pela profundidade de sua experiência com Deus.

Se o pregador não tiver a sensibilidade do músico, sendo arauto e artista, sua mensagem será tão árida que não alimentará as almas famintas.

Se mais que um artista, o músico não for também um arauto, a música que ele apresenta no culto só estará fazendo barulho.

Pregador e músico, juntos, não formam um duelo, mas um único dueto cuja melodia é capaz de salvar os perdidos e edificar os salvos.

Jilton Moraes
Pastor, compositor e escritor
Publicado originalmente na Revista Louvor
3º Trimestre de 2000
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