sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Porquê eles não gravam esta?

Tenho lido nestes últimos meses notícias frequentes acerca de cantores populares que procuram músicas evangélicas para gravar.

O fenômeno não é de agora e um dos casos mais conhecidos é o do Pe Marcelo Rossi, que dispensa nosso comentário.

Não se resume a ele. Ser gospel ou pelo menos simpatizante é algo em moda, mas pergunta se algum deles quer negar-se a si mesmo, deixar a vida de pecados e seguir a Crito mesmo que isto implique em voltar a ser um simples anônimo na multidão (Lc 9.23). Duvido.

Como a maioria das músicas pedidas e cedidas (quando não, tomadas) é da linha "segura o anjo", "toma posse da benção", "Deus vai derrotar os teu inimigos" ou de "auto-ajuda-mantra-zen-gospel", pouco ou quase nada se revela do Evangelho, que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16).

Para não ser alongado, sugiro aos cantores interessados em composições evangélicas que gravem a pérola abaixo, composta por Alceu Pires e interpretada aqui por Esteves Jacinto no CD "O dia da vitória"!



O homem pode ser famoso no mundo inteiro
ter grandes amigos e muito dinheiro,
mas quando morrer nada pode levar.

A multidão o levará para o cemitério,
mas de lá pra frente o caso é mais sério,
não terá niguem para o acompanhar.

Sabia que depois da morte segue-se ao Juízo?
Não se preparou quando era preciso,
adorar a Deus e abster-se do mal.

Agora não adianta prece nem Ave-Maria,
irá aguardar para o último dia
a condenação do Juízo Final.

Que adianta a riqueza e a muita fama
se aos olhos de Deus estás jogado na lama
espiritualmente não enchergas luz.

Que adianta a alta posição do homem
se o seu pecado dia-a-dia o consome
fasendo-o ficar distante de Jesus.

De que adianta ter tudo que o mundo oferece
se tudo aqui mesmo um dia perece
e ainda no inferno pode lançar

Procure enquanto é tempo aceitar a paz
se morrer perdido não terá jamais
a oportunidade para se salvar.

Jesus Cristo é o caminho á verdade e a vida,
niguém vai ao céu antes que se decida
aceita-lo e sempre o obedecer.

A Bíblia afirma que há dois caminhos eternos:
um leva ao céu e o outro ao inferno
onde o "bicho" nunca irá morrer.

Será que depois de ouvir este duro recado
continuarás nesta vida de pecado
e a salvação não interessa?

Desculpe, eu não tenho nada com o teu viver
estou cumprindo ordens, este é o meu dever
a dura verdade a todos falar.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Dia Nacional de Ação de Graças


Hoje, a partir das 19:30h no Marco Zero da Cidade do Recife, uma grande reunião pública celebrará o Dia Nacional de Ação de Graças, havendo ainda ainda programações nas cidades de Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Caruaru, Arcoverde e Serra Talhada.

O objetivo, segundo os organizadores, é resgatar na população o sentimento de gratidão, independentemente de credo ou religião.

A data, últilma quinta-feira de novembro, já existia oficialmente no Brasil, assim como em muitos outros países sendo comemorada especialmente os EUA onde é o segundo mais importante feriado (o primeiro é o Natal), mas somente nos últimos quatro ou cinco anos é que alguns grupos evangélicos começaram a comemorar o Dia de Ação de Graças e esta idéia tem ganhado força a cada ano, marcantemente após a organização do Movimento de Resgate do Dia Nacional da Ação de Graças, que é sediado em Recife e que já tem participações no Brasil inteiro. A Campanha tem até um site próprio.

Leia um breve relato histórico puiblicado no site do Ministério da Justiça:

Dia Nacional de Ações de Graças

A idéia de transformar o "Dia de Ação de Graças" em acontecimento unversal nasceu de um brasileiro, Joaquim Nabuco, quando Embaixador do Brasil em Washington.

Em 1909, na Catedral de São Patrício, ao final da primeira Missa Pan-Americana, que celebrava o "Dia de Ação de Graças", o Embaixador brasileiro formulou publicamente o seguinte voto: "Eu quisera que toda a humanidade se unisse, no mesmo dia, para um agradecimento universal a Deus".

O diplomata brasileiro soube expressar em sua idéia todo o conhecimento que tinha sobre a população de seu país, baseado em seu passado histórico, firmando sempre, desde as origens, nas tradições cristãs do respeito à liberdade e aos direitos humanos, na proibição constitucional das guerras, na busca de solução dos conflitos sem derramamento de sangue, enfim, um país voltado para a paz.

No Brasil, o "Dia Nacional de Ação de Graças" foi instituído por meio da Lei nº 781, de 17 de agosto de 1949, pelo presidente Eurico Gaspar Dutra. O Decreto nº 57.298, de 19 de novembro de 1965, regulamenta as comemorações do "Dia Nacional de Ação de Graças". Finalmente, a Lei nº 5.110, de 22 de setembro de 1966, determina que o "Dia Nacional de Ação de Graças" seja comemorado na 4ª quinta-feira do mês de novembro, sendo o Ministério da Justiça o órgão legalmente incumbido de promover a sua celebração.

Histórico

A Comissão do Dia Nacional de Ação de Graças, do Ministério da Justiça, vem cumprindo suas atribuições de fazer a semana preparatória, com as mensagens oficiais e a cerimônia do "Te Deum", com todas as características especificadas no Decreto, cuidando da sua divulgação.

O relato das várias celebrações em todo o território nacional demonstram o interesse dos órgãos públicos e segmentos religiosos em comemorar o dia, bem como o envolvimento das autoridades eclesiásticas de vários pontos do país, em participar e apoiar o evento.

Um histórico de abrangência mundial registra como o mais longínquo "Te Deum" o que fez Cristóvão Colombo, em 1492, quando chegou à América, agradecendo a Deus pela descoberta.

Registra-se também que Cabral, quando chegou ao Brasil em 1500, rezou uma missa de agradecimento nas praias da Bahia.

Nos EUA, em 1612, os Peregrinos iniciaram a comemoração como "Dia de Ação de Graças" que evoluiu sempre mais, pois em 1789, o Presidente George Washington oficializava a comemoração.

Em 1863, o Presidente Lincoln determinava sua realização para a última quinta-feira do mês, sendo que estabelecia, também ele, que era esse dia feriado nacional.

O dia continuou a ser sempre comemorado, e em 1939 o Presidente Franklin D. Roosevelt proclamou essa comemoração para a quarta quinta-feira do mês, sendo essa data oficializada no Congresso Americano em 1941.

Para os estadunidenses as comemorações religiosas são acompanhadas de jantar de confraternização, com o tradicional peru e a torta de abóbora, que se tornaram símbolo desse dia.

A idéia é muito boa embora a tendência seja a de que descambe para o consumismo ou para o vazio do secularismo como hoje temos visto na outra América, onde o sentimento de gratidão, assim como outros valores espirituais e morais deste e de outras datas de cunho religioso, foi há muito substituído por elementos de satisfação puramente carnal;

Como servos de Deus devemos demonstrar nossa gratidão e reconhecimento a Ele CONSTANTEMENTE, não somente uma vez por ano. Ele nos concedeu a Salvação por Jesus, seu Filho Amado (Jo 3.16), tem cuidado de nós com amor paterno (Mt 6:30-32) e nossa expressão não é apenas pelo que Ele faz, porém, muito mais, pelo que Ele é!

Sejamos agradecidos!

"E a paz de Cristo, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos." Colossenses 3:15

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Notas Musicais

"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem" João 4:23).

Um homem na Orquestra Imperial do Japão não podia tocar uma nota sequer. Era uma pessoa de grande influência e riqueza. Exigiu que lhe fosse dado um lugar no grupo porque desejava se apresentar diante do Imperador.

O maestro concordou que sentasse na segunda fila da orquestra embora não pudesse ler as "notas musicais." Ele recebeu uma flauta e, quando um concerto era iniciado, levantava seu instrumento, colocava junto aos lábios e mexia com os dedos. Ele fazia todos os movimentos como se estivesse tocando mas jamais proporcionou um único som. Essa encenação se prolongou por dois anos.

Foi então que um novo maestro assumiu o comando da orquestra. Sua primeira decisão foi ouvir cada um dos instrumentistas individualmente. Cada um deles se apresentou ao novo maestro para ser avaliado.

Chegou, pois, a vez do flautista. Extremamente preocupado, ele fingiu estar doente. Um médico foi determinado para examiná-lo e constatou que ele não tinha nenhuma enfermidade. O maestro insistiu que o flautista se apresentasse a ele para que conhecesse sua habilidade. Bastante envergonhado o homem não teve outra saída senão confessar que era uma fraude. Ele não era capaz de "ler as notas musicais."

Até que ponto o nosso testemunho de vida cristã tem apresentado autenticidade? Temos participado, realmente, do trabalho do Senhor ou apenas nos colocamos entre o povo de Deus, com movimentos semelhantes aos demais, mas sem qualquer compromisso ou envolvimento com a obra, usando a situação como disfarce para outros propósitos?

Entre os que professam a vida cristã, muitos apresentam seus movimentos mas não passam de enganadores. Algum dia se verão diante do Juiz do céu e da terra, e sua dissimulação será revelada. Deus então separará os "falsos" dos verdadeiros. Ninguém poderá se esconder na multidão. Todos terão que se colocar diante "das notas musicais."

E você, conhece as "notas musicais" ou ignora completamente o Senhor Jesus, participando de Sua "orquestra" apenas como um passatempo?

Paulo Roberto Barbosa.
Um cego na Internet!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Salmo 46

Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.

Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares.

Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. (Selá)

Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.

Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará ao romper da manhã.

As nações se embraveceram; os reinos se moveram; ele levantou a sua voz e a terra se derreteu.

O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. (Selá)

Vinde, contemplai as obras do SENHOR; que desolações tem feito na terra!

Ele faz cessar as guerras até ao fim da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo.

Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre as nações; serei exaltado sobre a terra.

O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. (Selá)

Cântico sobre Alamote, para o músico-mor entre os filhos de Coré; Alamote pode ser traduzido por "voz aguda"; Possívelmente este Salmo deveria ser cantado por sopranos, ou numa interpretação mais livre, por vozes de virgens hebréias em participação especial no canto; Outros comentaristas afirmam que poderia tatar-se de uma indicação para acompanhamento das vozes por instrumentos de som agudo conforme I Cro 15.20; Seja como for, é um cântico vitorioso que renova as nossas forças pela confiança neste Deus tão maravilhoso! Seja renovado pela Palavra do Senhor nesta tarde!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Um servo calmo, sereno e tranquilo!

Jairo Trench Gonçalves, conhecido no meio evangélico como Jairinho - para diferenciar do Dr. Jairo Gonçalves, seu pai - foi um jovem talento musical das décadas de 70 e 80. Quando nos conhecemos ele já tinha composto várias músicas inspiradoras de louvor a Deus. Sua amizade e seu exemplo de fé e seriedade para com as coisas de Deus são tesouros preciosos que guardo com carinho. No entanto, não creio ser a pessoa mais indicada para dizer em profundidade sobre ele. Talvez o Paulo César da Silva, o Paulão, do grupo Logos, e antigo companheiro de jornada no ELO seja quem possa traçar um perfil mais substancial da vida e da carreira desse nosso irmão querido. Assim mesmo, como uma homenagem póstuma, passo a narrar um pouco da história do Jairo, com uma visão muito particular, muito embora alguns dados biográficos sejam de conhecimento geral.

Jairo Trench Gonçalves era o único filho homem em meio a quatro meninas. Morou num bairro nobre da cidade de São Paulo, capital. Seu pai, Dr. Jairo Gonçalves, filho de portugueses, era nas décadas de 70/80 (provavelmente ainda é), um próspero empresário. Homem inteligente e muito crente, Dr. Jairo desde cedo, ele e sua esposa davam testemunho aos filhos de uma fé firme e inabalável.

Pelos idos de 1970, Jairinho conheceu a Cristo, entregando sua vida a Ele e tomando a decisão de servir a Deus de forma exclusiva. Partiu então para o Instituto Bíblico Palavra da Vida para preparar-se nos estudos teológicos. Completou os estudos em 1974. Ali, conheceu Hélia, com quem iria casar-se no início de 1975, em São Paulo. Foi no início deste ano que o conheci, pois estava chegando para os meus estudos naquele Instituto Bíblico.

Quando cheguei ao então Instituto Bíblico Palavra da Vida, em Atibaia, São Paulo, em 1975 para iniciar meus estudos teológicos, minhas expectativas para com a Organização Palavra da Vida eram as melhores. Através dos acampamentos por ela promovidos, e dos empreendimentos evangelísticos, notava a consistência entre a fé e a prática dos seus missionários. Eram pessoas alegres, convictas de sua fé cristã, e dispostas a proclamar o Reino de Deus pelo Brasil, não importava a ocasião e o local. Parte desta imagem deve-se muito à musicalidade dos missionários e de outras pessoas que os ajudaram a formar grupos vocais de boa qualidade que, com simplicidade, proclamam até hoje a mensagem do evangelho.

Pelos idos de 1970, enquanto o mundo jovem não cristão era sacudido constantemente pôr grupos musicais revolucionários, conquanto sua mensagem fosse a imoralidade sexual e a experiência com drogas, como The Beatles, ainda gravando, Led Zeppelin, iniciando a carreira, Yes e Emerson, Lake and Palmer, e tantos outros, a Igreja evangélica no Brasil dava ainda passos modestos na criação de melodias próprias e elaboração de arranjos musicais de qualidade. Poucos eram os discos gravados por evangélicos. As igrejas dispunham ainda de grupos corais, organistas e pianistas muitos bons para os cultos. No entanto, as melodias eram as produzidas na América do Norte e as clássicas da Reforma do século XVI, vindas da Europa. Não se viam grupos vocais pequenos de qualidade. Alternavam-se grupos corais e quartetos, em geral, masculinos, que cantavam músicas tradicionais, na maioria hinos com algumas variações no arranjo. O grupo de oito pessoas escolhidas pelo maestro Dick Torrans, missionário da Organização Palavra da Vida, recém chegado dos Estados Unidos, causou grande impacto, pois cantavam músicas próprias – Jairinho compôs "Nos montes eu vou, com Cristo eu estou, nos vales campinas, com meu Salvador..., etc." e outras - , na sua maioria, com melodias lindas e vozes muito boas. Este grupo apresentava-se nas praças, nos ginásios de esporte, em pequenas ou grandes igrejas, sempre com sorriso nos lábios e muita espiritualidade. Deste grupo maravilhoso, Paulo César da Silva, o Paulão, e Jairo Trench Gonçalves, o Jairinho, viriam a formar anos mais tarde o Grupo Elo, juntamente com Nilma, esposa de Paulo, e Nancy, esposa do maestro Dick Torrans, que era quem provia o grupo de arranjos vocais e instrumentais, participando, inclusive da execução destas músicas ao piano.

Nos primeiros meses de 1975, já estudando no Instituto Bíblico Palavra da Vida, hoje Seminário, conheci o Jairinho. Vi-o apenas de longe, correndo de um lado para o outro na Estância Palavra da Vida, preparando-se para seu casamento com a doce Helia, que iria realizar-se dias depois na cidade de São Paulo, na Igreja dos Irmãos Unidos. Foi uma bela cerimônia, embalada por lindas melodias escolhidas a dedo por ele, inclusive com uma das mais belas canções evangélicas para casamento composta pelo Jairo: "Deus de Amor fica conosco, agora e para sempre amém. Dá-nos a bênção de sermos para sempre fiéis a Ti...etc." Aliás, após esta ode ao matrimônio cristão, muitos outros compositores evangélicos o imitaram, fazendo músicas especiais para seus próprios casamentos.

Nossa amizade intensificou-se seis meses depois quando Jairo tornou-se missionário da Palavra da Vida. Sua intenção era prover a Palavra da Vida de mais música, abrir espaços, ter novos horizontes. E eu queria fazer parte deste projeto, mesmo tendo que despender grande parte do meu tempo nos estudos teológicos. Jairo era uma pessoa sensível, de grande musicalidade, capaz de formular idéias, compor poesias simples, sem ser comum, ingênua ou mesmo fútil.

Passava horas com seu violão, ou mesmo diante do piano, cantarolando até que a melodia viesse. Jairo também era um perfeccionista. Utilizou todos os recursos que possuía, para munir-se de instrumentos musicais e outros equipamentos para produzir música de qualidade.

No início, muito tímido, não quis ferir susceptibilidades, principalmente do presidente da Organização Palavra da Vida, Haroldo Reimer, de notória inflexão quanto a certos aspectos puramente acessórios na música, segundo a minha opinião, como a utilização da bateria. Haroldo era ferrenho adversário da postura musical dos Vencedores Por Cristo, que naquela época introduziram vários instrumentos ainda não bem aceitos pela comunidade evangélica brasileira. Jairo tomou seus cuidados. E, o primeiro disco lançado por ele, Calmo, Sereno e Tranqüilo, cujo título é o mesmo da música que compus, tinha apenas violão - um Ovation - novidade na época, pelo menos para mim, e, quando muito, um contrabaixo. Ouvimos juntos, dentro de seu automóvel, a gravação ainda sem mixagem. Mostrou-a ao Paulo também, pois queria saber nossa opinião a respeito dos arranjos, das letras, enfim sobre toda a produção, para que nada viesse a comprometer seu primeiro projeto com o selo Palavra da Vida, e que dependia da aprovação do Haroldo Reimer.

Haroldo enfim aprovou, e aquele primeiro disco teve boa repercussão no meio evangélico. Escolhemos a capa. Inicialmente, pensamos num barco no meio do oceano em maré calma, flutuando sob um lindo sol. Depois, com mais calma, achamos que deveríamos inovar. Fazer algo que chamasse a atenção. O pergaminho como moldura e a figura de um velho carregando seus feixes contrastava com o título, dando o impacto que queríamos. Deu certo. Era um disco de arranjos simples, letras simples, escrito sobre um pergaminho, incentivando a meditação.

Depois disto, Jairinho investiu tudo num pequeno grupo de vozes para ajudar o Haroldo em suas viagens evangelísticas. Estivemos juntos por oito meses, dos quais, cantava conosco e pregava nas igrejas por onde íamos. Ao final do ano de 1975 desmembramo-nos, e Jairo, queria mais liberdade para compor e acompanhar a evolução musical da época e desta forma, para fazer isto, viu que seu espaço era muito restrito na Organização. Juntamente com o maestro Dick Torrans e Paulo César da Silva formaram o Elo. A partir daí vi o Jairo sorrir. Estava livre para sonhar. Foi para São Paulo, montou todo um aparato para gravação e impressão, que funcionava no mesmo prédio do Mapa Fiscal Editora, de propriedade de seu pai. Convidou-me para ajudá-lo, mas Deus direcionou minha vida para a cidade de Brasília e, daí nos vimos apenas mais umas três vezes.

Ali, em Atibaia, depois em São Paulo, Jairo gravou vários discos. O primeiro foi Nova Jerusalém. Um deles, inclusive, com mixagem nos Estados Unidos. Saiu em campanhas evangelísticas, tendo seu pai por pregador. Participou do mega evento Geração-79 como monitor e conferencista. Estava à pleno vapor, quando em 1981 veio a falecer em um desastre de automóvel na estrada vicinal que dá acesso à Estância Palavra da Vida, em Atibaia. Morreu jovem. Ele sua esposa Helia e seu filho mais novo, ainda bebê, André.

Deixou-nos grandes saudades, pois sua alegria, seu bom humor, sua espiritualidade, foram plenamente refletidas nas melodias e letras que nos legou. A música "Um Dia" demonstra, como poucas, a maneira simples e harmoniosa de Jairo em narrar as coisas espirituais de forma profunda, porém acessível. Foi seu testemunho de fé gravado para sempre. Outras, marcaram circunstâncias em que Deus lhe falou muito de perto, como seu próprio casamento, cuja melodia acima já mencionei, e o ambiente dos acampamentos da Palavra da Vida, registrado na melodia "Nos montes eu vou, com Cristo eu estou, nos vales, campinas, com meu Salvador...".

Jairo teve opositores. Foram poucos. Pessoas que reconheciam seu talento, contudo, acusavam-no de viver um ministério inautêntico, pois muito de seu sustento vinha de contribuições de seu pai. Mas tinha ele alguma culpa por ser filho de uma pessoa de posses e que investia no seu ministério? Aliás, é bom que se diga, Dr. Jairo Gonçalves, mesmo sendo um homem aquinhoado, sempre consagrou o que possuía a Deus. Quantas e quantas vezes o Dr. Jairo saiu pelo interior de São Paulo, com sua Veraneio do ano, repleto de bíblias e folhetos para disseminar o evangelho da graça de Deus. Quantas vezes saía de São Paulo, afastando-se de sua concorrida agenda de negócios e como Juiz do Trabalho para dar aulas no Instituto Bíblico Palavra da Vida, hoje Seminário.

Os domingos de pai e filho, enquanto Grupo Elo, foram dedicados à disseminação do evangelho, pois agora saíam juntos. O filho cantava, e o pai pregava. O Jairinho tinha dinheiro sim, mas fez deste um instrumento para servir a Deus. Poderia ter jogado tudo para o alto e viver tranqüilamente em qualquer lugar do planeta. Mas julgou ser mais importante fazer resplandecer o dom que Deus havia lhe dado: o de Levita.

Suas músicas são melodiosas, e as letras refletem a fé de quem amou profundamente a Deus. Procurou incansavelmente o aperfeiçoamento do seu ministério, gravando no exterior, formando um grupo coeso na espiritualidade e na musicalidade. Até hoje, jovens músicos que conheço manifestam sua admiração pela obra deste criativo servo levita de Deus.

Deixou-nos prematuramente. O Senhor sabe o porque. Dr. Jairo e sua esposa criam até hoje os outros dois filhos de Jairinho. O mais velho, também chama-se Jairo, e uma menina, Melissa. Ao meu filho mais velho dei o nome de André Estevão, cujo primeiro prenome é uma homenagem ao Andrezinho, filho mais novo de Jairo e Hélia, que faleceu no acidente automobilístico que os vitimou.

Por: Ivan Cláudio Pereira Borges
In: www.vpc.com.br

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O quê você está fazendo no Coral?

Aos regentes e coralistas de todos os grupos musicais;

Pode ser que muitos de nós não nos apercebamos de nossa real função como cantores a serviço do Reino de Deus.

Alguns procuram o Coro pelo cuidado musical ou repertório que apresentamos; Outros, pelo status que isto possa representar; Outros o buscam tão somente por uma ocupação na Igreja e poucos realmente sabem que ao ingressarem num Coral de Igreja, passam a desenvolver um serviço, um ministério bi-direcional: louvar a Deus e falar ao seu povo!

Cantar num Coral de Igreja é ser portador da Mensagem, que vai embalada para presente nas notas e harmonias musicais; É tomar o papel de um levita do Antigo Testamento, e ver a Glória de Deus aparecer enquanto executa, oferece, no santuário um cântico de adoração ao Altíssimo.

É assumir a autoridade de um profeta ao enunciar a Palavra de Deus, cantada, ao povo; É representar para o mundo a identidade bíblica de um verdadeiro cristão e encarnar o cartão de visitas de sua Igreja e Congregação.

Todas as vezes que o Coro canta, muita coisa acontece no âmbito físico e no reino espiritual.

Uns são tocadas emocional e intelectualmente, outras pessoas são consoladas, edificadas, alegradas ou exortadas; A mensagem do Evangelho é proclamada de forma especial e cadeias são quebradas. Os demônios se afastam e os anjos se unem ao nosso canto quando louvamos ao Senhor de todo o coração, apresentando a música ensaiada com alegria e prazer.

Por isso, deve o componente desenvolver qualidades espirituais tanto quanto deve dedicar-se à técnica musical.

Um coro que canta louvando a Deus em santidade, com arte e dedicação é como um remédio, um bálsamo que poder cura muitas vidas feridas, chagadas, que estão na platéia.

Assim, a partir da próxima oportunidade, expresse um sorriso de real alegria, experimente emoções divinas, sinta, vivencie e então transmita!.

Permita que Deus use você e dedique-Lhe todos os seus talentos, consciente de sua real função como integrante do Coro.

Deus tem a chamada, mas a qualificação e aperfeiçoamento para a permanência e bom desempenho no Coro é algo exigido em você.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Cantai ao Senhor

Quão simples é o nosso cântico
para dizer de Deus
o amor que nos legou.
A linguagem humana
jamais encontrará a nítida expressão,
para exprimir louvando
o dom da criação.

Quem poderá neste mundo
suficientemente cantar
a sublimidade de Sua graça
e do seu amor sem par?
Que mais poderíamos acrescer
ao coro universal de sua criação,
que continuamente lhe rende louvores
em gesto de gratidão?
Os céus declamam a glória de Deus
e o firmamento
anuncia a Obra das Suas mãos.

Cantam as alvoradas
de cada doce amanhecer;
canta o sol em seus raios
ao sossego do alvorecer;
cantam as ervas, as flores,
nos campos e nos prados;
cantam as aves nos bosques,
jubilam nos seus trinados.
Cantam a montanha, o vale,
o rio na barulhenta cascata,
todos louvam a Jesus,
até mesmo as feras nas matas.

As constelações entoam louvores
à Estrela da Manhã;
os prados cantam aleluias
à Rosa de Saron;
as cordilheiras falam
da Majestade nascida;
os regatos cristalinos
apontam a Água da Vida.
A sutileza de Sua glória
é contada nos junquilhos e jasmins
que aromatizam jardins.

O vôo das grandes águias
até as longas alturas,
num misto de poder
Sua força nos revela;
o marulhar contínuo
das ondas empoladas,
no crespúsculo ameno
é a mais sublime tela;
o farfalhar das folhas
na blandícia do vento,
é um dos mais delicados
instrumentos da orquestra
que o infinito Deus,
com seu poder rege em festa.

Tudo canta, tudo louva,
tudo engrandece a Deus,
agradecendo a bondade
com que Jesus nos deu.
Cantai, ó povos, criados por Sua mão;
cantai, diz o salmista,
louvai-o de coração,
exercitai vossos lábios,
nos doces cânticos O exultai,
cantai suas maravilhas,
no canto a harmonia semeai.

Cantai seu poder nas sombras
ao declinar do dia;
cantai no alvorecer,
no arrebol do meio dia;
cantai a glória perenal
em todo o teu viver;
cantai nas horas alegres,
cantai também no sofrer.
Se a vossa vida
é toda um quebranto,
cantai, que o canto
é mel que adoça o pranto.

E na terra, no mar, no céu
o que existir de belo, puro e santo
seja rendido a Deus de coração.
E as nossas almas num celeste canto,
rendam-se enfim no altar da gratidão.


Eliude Marques
In "Primícias do meu Jardim"

Festividade - Final

Continuando o post sobre a festividade, destacamos o sábado, dia 08/11, onde formamos um grande coral com mais dois dos Coros de nosso bairro (Alto do Eucalipto-Regente Odília Rodrigues e Alto do Resplendor-Regente Jeferson Reis). O maestro Jeferson muito nos ajudou na preparação deste grande grupo.

O Coral cantou o Salmo 100, de Wilson Faustini, acompanhado da orquestra e as músicas do Grande Coral foram "O meu guia e protetor", à capela, música do hinário Coros Sacros, que trouxe valiosas lembranças aos visitantes mais antigos e ex-componentes e logo depois, "Quando Jesus estendeu sua mão para mim", arranjo de Osvaldo Araujo, acompanhado pelo conjunto instrumental. Tivemos a presença de muitos ex-componentes e ex-regentes do coro.

Foi lido o histórico do coral e 22 jovens e adolescentes arregimentados pelo maestro Eudes (Dinho) cantaram as primeiras músicas do Coral, reproduzindo o dia da inauguração.

O Coro Canaã Celeste, do Alto do Resplendor (que já tive o privilégio de reger por cinco anos) cantou duas músicas maravilhosas para a glória de Deus.

Ao final do culto, os ex-regentes que estavam presentes foram homenageados e os ausentes ou que já dormem no Senhor foram representados por suas famílias.

Estavam lá os maestros Antonio Tavares, Odília Rodrigues, Osvaldo Araujo, João Rodrigues "Joca", Gildo Carneiro (presbítero), Luiz Barbosa, além dos auxiliares José Pereira da Silva (pastor), Luzinete Braga, Jorge Roberto e Jaílson Carneiro (presbítero). Foi um encontro emocionante!

O presbítero José Severino, que citamos no post "Testemunhos para nossa edificação - 70 anos" também esteve presente junto ao colega de ministério e também ex-componente presbítero Enésio Serafim; Um exposição fotográfica foi montada na entrada do templo sendo bem concorrida.

Mas o ponto principal daquela memorável noite foi, sem dúvida, a mensagem!
O Pr Ailton Junior, secretário de nossa Igreja, foi tremendamente usado por Deus para nos falar naquela ocasião e valendo-se do texto de II Crônicas 20, o relato da peleja de Josafá, falou o que o Senhor lhe propusera. Aleluia!

"O deserto de Tecoa se transformou no Vale de Beraca!" Glórias a Deus! Que mensagem! Ele não sabia, mas estava profetizando e em muitos momentos Deus falou à nossa necessidade.

No domingo não poderia ser diferente! Templo superlotado, os crentes animados, e com a presença do Coral da AD no Cabo de Santo Agostinho, regido pelo maestro Petrônio Pedro, convidado para a noite de encerramento, nos trazendo três músicas de seu CD, gravado há dois anos quando do Jubileu de Ouro daquele grupo. Belíssimo!

O Pr Presidente, Pr Ailton José Alves esteve presente e nos trouxe uma palavra maravilhosa, motivadora e que glorificou o Nome de Jesus. Ele estava muito feliz com este momento histórico para a Igreja em Recife e nós nos sentimos grandemente honrados neste evento com a participação do Pr Presidente, que foi também homenageado pelo Coral e pela Igreja! Ao relembrar aqueles momentos a minhalma engrandece ao Senhor! Aleluia!

A mensagem foi proferida pelo Ev. Samuel Albuquerque, que pregou em Lamentações de Jeremias 3;21. Não havia quem pudesse se conter. Que maravilha! Glórias a Deus.

Aquela noite foi um momento preparado por Deus! Emocionante, festiva, fervorosa e com a poderosa presença do Senhor tomando toda a Congregação.

Ao final do Culto, uma pessoa rendeu-se aos pés de Cristo, trazida que foi por outro jovem que também se decidiu por Cristo na sexta-feira.

A festa foi maravilhosa! Agradeço imensamente ao Senhor por tudo que nos concedeu realizar e por Sua presença gloriosa em todas as reuniões de nossa programação; Ele é fiel!

Agradeço também a sua oração e a presença dos que puderam comparecer.

A Deus toda a glória!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Testemunhos para nossa edificação - 70 anos

Continuando a série sobre os 70 anos do Coral da Assembléia de Deus em Casa Amarela, Recife/PE, postei estes testemunhos:

Em dezembro de 1942 o jovem Rodolfo de Oliveira passava pela calçada ao lado da Congregação e ouvindo o côro cantar a música "O Clamor Divinal" do hinário "Coros Sacros", contornou o muro e adentrou ao belo templo inaugurado um ano antes.

O coro continuava a cantar:

"Ressôa o clamor divinal no vale da perdição
E brilha o fulgor do Senhor no mundo de escuridão.
Vê os montes que irão se arruinar
E a morte seus túmulos abrir
Ó homem que és vil pecador em Cristo tens teu porvir"
A harmonia e a forma com que era executado, fizeram penetrar naquele coração as palavras daquele hino. E ele mesmo diz ainda hoje que "aquilo ficou martelando em sua mente".

Não resistiu e entregou sua vida a Jesus. Hoje é pastor (jubilado) de nossa igreja e diretor de honra da ESTEADEB (Escola de Teologia da AD em PE), cargo que ocupou ativamente por muitos anos.

Ele ingressou no coral, onde conheceu a jovem que seria sua esposa e futura dirigente de Círculo de Oração. O maestro era João Vieira de Araujo. Juntos, cantaram no coral até 1954;

Outro exemplo é daquele jovem de 17 anos, magérrimo, doente dos rins e dos pulmões, que saiu de casa com uma faca na cintura para encontrar um desafeto e passando pela calçada ao lado do templo em 18/12/1955, um domingo à tarde, ouviu o som do coral que cantava:

"Não se turbe o vosso coração,
Crede em Deus, crede também em Mim
Na Casa de meu Pai há moradas, na Casa de meu Pai
Se não fosse assim eu vo-lo teria dito:
Vou preparar-vos lugar!"
Não se turbe o vosso coração! Essa era a mensagem que ele precisava. Contornou o muro e se pôs na janela do lado direito, observando coral naquela Escola Bíblica Animada, como é chamado o aniversário da EBD.

Ao final do culto, no apelo, entregou sua vida a Jesus e nós o conhecemos como o presbítero Manoel de Lima, operoso servo do Senhor. Pelas suas mãos o Senhor curou a muitos. Ingressou no coral e dedicou-se à Obra. Foi pioneiro na implantação de cultos nas praças, dentre elas a do Largo Dom Luiz e a do Horto de Dois Imãos (zoológico da nossa Cidade);

"Não se turbe" ou "Vou preparar lugar" é uma música do maestro potiguar Nestor dos Santos e foi trazida para Recife pela maestrina Odília Rodrigues, que vindo de Campina Grande, ingressou no Coral em meados de 1950.

Sendo musicista, ajudou o irmão Euclides Ferreria a ensaiar este hino em sete ensaios e no dia da estréia, 20 (vinte) almas se converteram aos pés de Cristo. O Coral de Casa Amarela foi o primeiro coro de Recife a cantar esta música que se tornou grande favorita de muitos coros e foi executada pelo Grande Coral dos 90 anos da AD em PE à pedido do Pr Ailton Alves, pastor presidente de nossa Igreja.

A irmã Odília Rodrigues regeu vários coros e hoje trabalha com os coros das congregações em Alto do Eucalipto e Visgueiro;

Manoel de Lima faleceu no primeiro semestre deste ano, não alcançando a realização da festividade, que pela primeira vez em 70 anos não foi realizada em 24 de junho, mas seu exemplo e testemunho estão bem vivos em nossa mente.

Outro exemplo de como o Senhor utilizou o coral para alcançar vidas é a história do amado presbítero José Severino. Ele era aficcionado por cinema e no bairro de Casa Amarela havia o famoso Cine Albatroz, hoje transformado em IURD, frequentado religiosamente por aquele jovem.

Um dia (19/01/1967), à caminho do cinema, na abençoada calçada ao lado do templo, ouviu o coral cantar "O Nome do Salvador".

"Um nome que me faz amar, cantar em seu louvor,
Um som mavioso ouvi soar, é o nome do Salvador.
Um nome que inspira amor, um nome que inspira amor
Um nome que inspira maor, é o nome do Salvador"
O som do Coral o atraiu e curioso para ver que grupo estava cantando aquela maravilhosa mensagem, ele entrou no templo e de lá saiu como nova criatura. Também ingressou no Coral e hoje é presbítero de nossa igreja.


Outro caso bem interessante foi o do senhor que me vendeu os paletós para o fardamento do Coral Masculino Ebénezer e para os homens do Coral de Casa Amarela quando do 60º aniverário, Sr. Berillo;

Espírita há mais de 15 anos, sempre ouvia o Evangelho pois os donos da loja eram crentes (até pastores) mas recebeu nosso convite e foi assistir ao culto de encerramento. Na ocasião, o Coro Masculino cantou um arranjo de "Escuta, batem!" e "O Salvador batendo está". O Pr Salatiel Rosa pregou a Palavra e antes do convite final, deu oportunidade ao Coral de Casa Amarela, que então cantou "Deus, grande foi o teu amor". No trecho final há uma frase que diz "Pecador te prepara pra Jesus encontrar". Ao final do hino ele levantou-se chorando e com as duas mãos erguidas, entegou-se a Cristo!

Cinco anos depois o encontrei. Havia sido batizado em águas e o Senhor o batizara com Espírito Santo e ele já havia ganho sua filha para Cristo. A última notícia que tive dele, do início deste ano, é de que continua servindo fielmente ao Senhor.

Glórias a Jesus!

Ainda hoje acontecem casos semelhantes. Me recordo que em todas as terças-feiras de janeiro de 2007 (dia de ensaio do coral), eu precisei parar o ensaio para orar por pessoas que iam passando e, ouvindo o ensaio, tiveram seu coração iluminado pelo Espírito Santo e entregaram suas vidas a Jesus.

Há muitos outros testemunhos de salvação, cura e batismo com Espírito Santo, mas estes aqui foram escritos para a nossa edificação e para que ao lerem glorifiquem o Senhor que opera conforme sua soberana vontade e sua multiforme graça!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Coral de Casa Amarela - 70 anos de louvor a Deus

Numa manhã de domingo no final do ano de 1937, após a Escola Dominical em Casa Amarela, alguns irmãos, a maioria jovens, se reuniram e foram até o Orfanato que a Igreja mantinha para solicitar ao Missionário Joel Carlson a formação de um Coral para aquela congregação à exemplo do que existia na Matriz (Encruzilhada), inaugurado quatro anos antes. O missionário os despediu e pediu que fossem orar que ele iria pensar no assunto.

Quinze dias depois ele enviava o jovem João Vieira para verificar a possibilidade de atendimento ao pedido dos irmãos e assim ficou acertado que o então diácono José Rosa (futuro Pastor-Presidente interino), pai do nosso inesquecível Pr. Salatiel Rosa, ficaria responsável por convocar os interessados para o primeiro ensaio.

João Vieira de Araujo nasceu em 06/03/1916 e foi criado com os missionários, no Orfanato da Igreja. Embora seus pais fossem vivos, eram muito pobres e o casal Carlson o acolheu. Viram nele tendência para a música, pois muitas vezes o garoto pegava o violino do missionário após vê-lo tocar e reproduzia notas e pequenas melodias. Matricularam João no Liceu de Artes e Ofícios (Conservatório Pernambucano de Música) onde se formou e aos 17 anos (16 e oito meses) fundou o primeiro coral da AD em PE no templo da Encruzilhada e todos os coros mais antigos deste Estado, como os das congregações em Pina, Olinda, Casa Amarela, Aldeia de Baixo, Iputinga dentre outros, passando a supervisionar todo o trabalho musical de nossa Igreja na gestão do Pr José Bezerra da Silva.

Então, na noite de 24 de junho de 1938, um dia de sexta-feira, feriado local, o Coral da Assembléia de Deus em Casa Amarela era inaugurado para a glória do Senhor Jesus, com 22 integrantes que entoaram ao Senhor os hinos “Jesus à porta do Coração” nº 134 da Harpa Cristã e “Crê já somente no Senhor”, nº 006 do hinário Coros Sacros, num culto dirigido pelo presbítero João Benvenuto.

Entre os pioneiros (fundadores e componentes dos primeiros anos), conseguimos resgatar os nomes de: Domingos Carneiro, Antonio Fernandes de Albuquerque, Gemima, Balbino Marques, Silvia Marques, Augusta Silva, Antonio de Albuquerque, Cláudio de Albuquerque, Josefa Alves, João Flórido da Paixão e sua irmã, Edite Teotônia, José Correia e irmã Dila, Josefa Antônia, Manoel de Souza Freitas (Nequinho), Teófilo Barbosa, Esmeraldina Guedes, José Rosa, Antônio Viegas e Zacarias.

Em 1941, foi inaugurado o templo da AD em Casa Amarela e o coral ganhou um lugar privilegiado: um tablado acima do púlpito. Dalí, belas melodias chegaram ao coração de Deus e aos ouvidos de muitos que, ao passarem na calçada lateral da igreja (Rua Pe Lemos), ouviram o Coral cantar, foram atraídos ao culto e entregaram suas vidas ao Senhor Jesus.

Uma reportagem do Mensageiro da Paz, de fins de 1949, testemunhava a inspiração e a dedicação musical deste Coral quando de sua apresentação na inauguração do templo em Olinda.

No início de 1954 o maestro João Vieira deixou a direção do Coral vindo a ser substituído pelo irmão Antonio Tavares, que também era o regente auxiliar do Coral da Matriz (Encruzilhada). Após quase um ano, foi substituído pelo irmão Antonio de Albuquerque, vindo da congregação em Córrego do Jenipapo, porém o mesmo só permaneceu algumas semanas.


O trabalho seguia e em 1955 o maestro Euclides assumiu a direção do Coral. À época, regia também Vitória de Santo Antão e Araçoiaba, dentre outros coros, dado à escassez de regentes e ao vertiginoso crescimento da Obra. Em sua primeira gestão, Euclides foi auxiliado pela maestrina e compositora Odília Rodrigues, vinda de Campina Grande para morar em Recife no ano de 1955. No início da década de 1960 assumiu o coral o regente Antonio Ferreira e em 1963, o maestro João Rodrigues (Joca).

Em 24/08/1964, foi apresentado como regente do Coro em Casa Amarela, o irmão Gildo Carneiro , que trabalhava com o coral na congregação de Mangabeira, conduzindo o coro até o 30/11/1972.

Em 1967 o templo foi reformado, ampliado em sua extensão e foram adicionadas galerias laterais. O coro passou a cantar na parte posterior do púlpito.

Em 1973, com a saída do maestro Gildo, o maestro Euclides Ferreira reassumiu o cargo permanecendo oficialmente até 1983, embora desde 1980 já não atendesse mais ao trabalho pois regia outros grupos, dando especial atenção ao Coral de Cavaleiro (Jaboatão/PE), onde passou a residir. Nesse período, o maestro Osvaldo Vieira de Araujo, seu regente auxiliar, assumiu a direção do Coral de forma interina. Coordenou, ensaiou e realizou os programas do aniversário do grupo em 1981 e 1982.

Em 24/06/1983, no culto de gratidão pelo 45º aniversário do Coral, o Pr Presidente Pr José Leôncio da Silva apresentou oficialmente o regente Osvaldo Vieira de Araujo, filho do fundador, maestro João Vieira de Araujo, como maestro do Coral de Casa Amarela, cargo ocupado até fins 1987. O número de componentes aumentou e os cultos de aniversário eram realizados na nave do templo, no local onde formava o conjunto musical.

No ano de 1987, o maestro Osvaldo Araujo foi substituído pela maestrina Débora Ferreira, filha do saudoso maestro Boanerges Ferreira. Em sua gestão o coro comemorou Jubileu de Ouro.

Foi também em sua gestão que o coro recebeu o nome de "Horebe", porém a tradição de chamar o coral de Coral de Casa Amarela era mais forte e o nome não vingou.

Em 28/01/1997, os trabalhos foram repassados ao regente Silvio Araujo, neto do maestro João Vieira e filho do regente Osvaldo Araujo, e que pela graça de Deus, dirige o coro até a data de hoje.

O coro ganhou novo lugar e o número de integrantes cresceu, passando a 120 componentes.

O coro de Casa Amarela comemora neste ano 70 anos de louvor a Deus e initerrupta atividade servindo aos santos nesta localidade, agora num belíssimo templo, reformado que foi pelo Pr Ailton José Alves.

Muitos são os testemunhos de curas, batismos com Espírito Santo e principalmente salvação de almas através do trabalho deste coro, quer nos ensaios quer nas apresentações. Tudo para a glória de Deus.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Festividade - 70 anos Coral de Casa Amarela

O tempo tem sido curto nesta semana e eu priorizei a série de postagens do outro blog, o Vêde os Campos, mas cá estamos de volta para um resumo do que vivenciamos nesta semana:

O Culto de Abertura (04/11) da programação foi maravilhoso. O Pr Cândido de Freitas, enviado pelo Pr Ailton Alves para ser o preletor daquela noite, pregou baseado no Salmo 113, acerca de alguns dos motivos que temos para louvar a Deus e o Senhor o utilizou poderosamente.

Destaco alguns pontos da mensagem:

Deus é soberano e está além do tempo e do espaço - vs 2 e 3
Deus tem todos os homens e toda as situações em suas mãos - vs 4 a 8
Deus é o Deus das coisas impossíveis!
- vs 8 e 9

Além dos grupos da casa (Coral Aniversariante, Coral Juvenil Amisadai, União de Adolescentes Kerigma e Conjunto Alfa) estave presente o belo Coral Consagração da AD em 7º RO, Olinda/PE, fundado pelo mesmo maestro, pioneiro do Coral de Casa Amarela, João Vieira de Araujo;

Na quarta-feira houve pausa na programação pois foi a reunião mensal da Santa Ceia do Senhor e o Pr Eliel, ministro escalado, falou-nos acerca da santidade.

Ontem (06/11), o pregador enviado pelo Pr Presidente foi o Pr Amós Batista, que tomou como base os primeiros versículos do texto de Apocalipse 19 e nos trouxe uma maravilhosa mensagem acerca da palavra Aleluia.

Foi muito interessante a aplicação que fez e o Senhor manifestou a sua glória alegrando nossos corações. Nossas vidas precisam ser um Aleluia constante ao Senhor!

Foram convidados os corais Brilho Celeste, de Nova Descoberta I e Herdeiros dos Céus, de Cavaleiro, que cantaram belíssimas músicas para a glória de Deus!

O coro de Nova Descoberta I apresentou músicas antigas, que encheram de emoção e de ótimas lembranças o coração de todos e de forma especial, o de coristas mais antigos e o meu, que crescí ouvindo aquelas pérolas: Mil Glórias, Jesus no céu me encontrará... e Regozijai-vos neste belo dia.... Que presente!

O Coro de Cavaleiro foi tocante! Que sonoridade! Na singeleza das vozes que não utilizaram microfone (por opção do regente) e cantando no peculiar estilo suave, arrancaram lágrimas e fizeram a congregação glorificar a Deus ao ouvir, "Hei de estar na alvorada" e o arranjo de "Quero estar ao pé da Cruz" com "Rio Profundo"

Hoje a programação continua com mais uma reunião de Estudo Bíblico, onde esperamos a presença do Coral Vale de Bênçãos, do Córrego do Botijão, localidade onde crescí e Congregação na qual atuo há mais de 20 anos. Curiosidade: este Coral Vale de Bênçãos já foi dirigido por meu pai (década de 1980), por minha mãe (década de 1990) e também por mim (2006), em períodos alternados por outros regentes.

Na reunião de amanhã aguardamos a presença de muitos ex-componentes e ex-regentes que ainda vivem por aqui, os quais, com certeza, relembrarão maravilhosos momentos. Pretendemos expor várias fotos do nosso Coral em várias épocas desde a década de 1950.

Postaremos imagens e um pouco da história do Coral nas próximas vezes!
Coral de Casa Amarela - 70 anos
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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Coral de Casa Amarela - Convite Especial

A programação começa hoje e além de sua presença, conto com as orações de todos para que nestes dias almas se convertam ao Senhor, que a mensagem seja anunciada na unção do Espírito Santo, que as músicas sejam entoadas com graça e devoção e que sejam promovidos momentos inspiradores, de louvor e adoração ao Senhor para Sua glória e edificação de cada ouvinte!
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