terça-feira, 24 de maio de 2016

Pesquisa revela: A Bíblia foi o livro mais lido pelos brasileiros em 2015


O resultado da 4ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, promovida pelo Instituto Pró-livro e realizada pelo Ibope surpreende.

Ao perguntar quais tipos de livros os leitores tinham lido no último ano, a pesquisa constatou que 42% deles leram a Bíblia, seguida por livros religiosos, de contos e romances – cada um citado por 22% dos entrevistados, que podiam indicar mais de uma opção. Curioso aqui notar que a Bíblia sequer entrou no gênero de religiosos. Claro que o livro pode ser lido de maneiras diversas – com viés histórico, sociológico, filosófico.. -, mas é evidente que a esmagadora maioria dos leitores que leem a Bíblia o fazem por questões ligadas à religião.

A Bíblia também encabeça os gêneros preferidos de pessoas de todas as faixas etárias (5 a 10, 11 a 13, 14 a 17, 18 a 24, 25 a 29, 30 a 39, 40 a 49, 50 a 69 e 70 e mais) e níveis de escolaridade (Fundamentai I, Fundamental II, Ensino Médio e Superior) abarcados pelo estudo. Foi ainda o título mais citado como última leitura dos entrevistados – 225 menções, seguido por “Diário de um Banana” e “Casamento Blindado”, ambos lembrados 11 vezes – e é a obra mais marcante da vida de 482 pessoas ouvidas – a segunda posição aqui ficou com “A Culpa é Das Estrelas”, mencionado em 56 oportunidades. Não bastasse, é diretamente responsável por uma das curiosidades da pesquisa: ao indicarem o autor do último livro que estavam lendo, alguns entrevistados (1%) citaram entidades religiosas normalmente ligas à Bíblia, como Jesus e Moisés.

Até professores preferem a Bíblia. A Retratos da Leitura no Brasil também apresenta alguns recortes específicos sobre o hábito de leitura dos professores e profissionais da educação. Nessa categoria, a Bíblia também se destaca: ela que lidera, por exemplo, a lista dos 11 títulos mais citados pelos educadores, com 22 menções.

Leia a matéria completa AQUI

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Porque os Coros estão desaparecendo das Igrejas?

Coral da Assembleia de Deus em Alto José do Pinho (Recife/PE) - Década de 1980

Maestro Verner Geier

Bem, para você que é membro de uma grande igreja, e a sua igreja tem um coro principal chamado de “Coro da Igreja”, e um Coro Jovem, um Coro de Adolescentes, talvez ainda um Coro Feminino e um Coro Masculino, e ainda um outro Coro especial, ou um Madrigal, e ainda quartetos ou trios, e se a igreja desenvolve um trabalho musical com crianças, você tem o privilégio de ouvir também ainda um Coro Infantil, você deve estar questionando a pergunta e não crendo que os coros estejam desaparecendo das igrejas, pois a sua igreja tem esses inúmeros corais.

Mas eu gostaria de desafiá-lo a visitar alguma congregação que já tenha se organizado como igreja, e procurar algum coro nessas igrejas menores.

A diminuição ou a inexistência de coros em igrejas em nossos dias é a mais pura realidade. O que está acontecendo com os coros nas igrejas? Porque estão desaparecendo?

Numa pesquisa americana, que foi feita com mais de mil congregações nos Estados Unidos, foi detectado que, entre os anos de 1998 e 2007, houve uma diminuição de coros nas igrejas de 54% para 44%; e a pesquisa previu que esta porcentagem chegaria até este ano de 2014 a apenas 37%. Se em 1998 apenas 54% das igrejas tinham um coral, hoje, apenas 16 anos depois, somente 37% ainda mantem um coral na sua liturgia.

Embora esta seja uma pesquisa norte‐americana, mas será que no Brasil essa pesquisa seria muito diferente?

A realidade de hoje, que mais nos entristece e preocupa, é que grandes igrejas que já tinham tradição de coros, hoje já não possuem mais, ou, no máximo, juntam os antigos coristas para alguma apresentação especial, uma ou duas vezes ao ano, como por ocasião da Páscoa e para o Natal, e, imagino, que creem que estão desenvolvendo um grande programa musical na sua igreja.

Provavelmente a música nas liturgias dessas igrejas, no restante do ano, esteja reduzida a cânticos congregacionais ou algum solo ou algum grupo vocal esporádico. Não deve haver um planejamento musical para os cultos normais.

Coral da Assembleia de Deus em Visgueiro (Recife/PE)
Algumas explicações para a falta de coros, ou motivos para não cantar em algum coro, que temos ouvido:

‐ “Ninguém tem tempo para ensaiar todas as semanas por causa do trabalho ou de estudos.”
‐ “As pessoas não têm paciência para ficar horas ensaiando uma ou duas músicas num ensaio.”
‐ Alguns acham que Coro é só para os idosos da igreja.
‐ Outros afirmam que “coro já era, esse é o tempo de bandas de louvor”. Outros afirmam a mesma coisa mas de maneira mais polida. “Nós estamos numa nova era e a tendência agora é a massificação dos cânticos, isto é, a maior participação da congregação nos cânticos”.
‐ Já ouvi pessoas dizerem que “coro é chato, e que prefere as bandas”.

Provavelmente você já deve ter ouvido essas justificativas, ou até pensa do mesmo modo.

Devo dizer que concordo em parte com essas justificativas, porque realmente estamos em uma nova era e a música nas igrejas assumiu um outro perfil.

Mas eu quero chamar a atenção para um dos prováveis motivos para a diminuição dos coros e a mudança do perfil musical nas igrejas:

A música nas igrejas, em todos os tempos, sempre teve o perfil do seu pastor. E a música na igreja de hoje também continua tendo o perfil do seu pastor. Mas a pergunta inquietante é: qual é o perfil musical dos pastores na atualidade? Qual é o grau de conhecimento musical, ou cultura musical do pastor, ou da maioria dos pastores que saem hoje dos seminários?

Eu lembro de pastores mais antigos que, ao assumir ou iniciar uma nova igreja, a primeira preocupação era da necessidade de formar um coral, porque toda igreja tinha que ter o seu coral, o seu regente e um pianista, todos  voluntários. E o sonho desses pastores era que um dia o seu coral cantasse alguma música de Bach ou o “Aleluia” de Handel. Mas de onde vinha essa preocupação, ou essa cultura de corais? Vinha dos Seminários e Faculdades de Teologia, pois geralmente os seminaristas tinham em seu currículo alguma disciplina prática de música, como aulas de regência, ou algum instrumento, ou teoria musical, ou algum estudo sobre a história da música sacra, ou simplesmente a disciplina “Coro”. Mas essas disciplinas saíram dos currículos dos cursos de teologia dos seminários atuais, e isso causou um vácuo na cultura e conhecimento musical dos pastores da atualidade. E para estes, portanto, a boa música perdeu sua importância e sua objetividade. A não ser que algum destes seminaristas e futuros pastores, já tenham adquirido alguma cultura musical erudita vinda de casa, mas isso também consiste em uma raridade.

Coral da Assembleia de Deus em Fundão (Recife/PE) - 40º aniversário - 1986
É claro que essa é apenas uma das prováveis causas do desaparecimento dos coros nas igrejas.

Outras causas podem ser a falta de regentes, ou pianistas, ou mesmo líderes musicais que tenham interesse em preparar um grupo vocal numa igreja, e teriam que fazê‐lo como trabalho voluntário.
Esses trabalhos voluntários são importantes e necessários porque, ou a igreja realmente não tem condições de pagar o trabalho de um regente e pianista, ou a liderança não tem a visão da importância de um coral na sua igreja para pagar um regente, e então se contenta com um pequeno grupo de instrumentistas (guitarrista e baterista) que também são voluntários. Aí é que entra a força do perfil musical ou da cultura musical do pastor.

Alguém tem outras justificativas? Até a próxima!



Publicado em Hinologia.org e Pautasonline

terça-feira, 15 de março de 2016

Enfim, Câmara dos EUA diz que Estado Islâmico pratica "genocídio" contra cristãos

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta segunda-feira uma resolução que tacha de "genocídio" a violência cometida pelo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria contra cristãos, curdos, seguidores do yazidismo e outras minorias étnicas da região.
Por 383 votos a favor e nenhum contra, os legisladores americanos aprovaram a moção, que pede que todos os governos do mundo, incluído o dos EUA, "chamem as atrocidades do EI por seu nome: crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio".
A resolução bipartidária foi promovida pelo republicano de Nebraska Jeff Fortenberry e pela democrata da Califórnia Anna Eshoo e contou com o apoio do presidente do comitê de Relações Exteriores da Câmara, o republicano pela Califórnia Ed Royce.
"O EI é culpado de genocídio. Utilizou os assassinatos em massa, decapitações, crucificações, violência sexual, tortura e escravidão em sua campanha deliberada para eliminar as minorias religiosas e terminar com sua história", disse Ed Royce em comunicado após a votação.
"Com a declaração, a Câmara deu um passo muito sério. Não há razão para que a Administração não o qualifique de genocídio. Da mesma maneira, (o presidente) Barack Obama deve responsabilizar Bashar al Assad (líder sírio) pelos cruéis crimes de guerra contra sua própria gente", acrescentou o deputado. 
Vi em UOL, Da Agência EFE

Demorou muito a tomar essa tímida decisão de apenas nominar de genocidas o EI. Muitos cristãos morreram e ainda morrem vitimados por perseguição e intolerância e os governos das nações (muitas delas cristãs de formação) parecem nem se importar.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Cientistas dizem que perigo que vem do céu ameça a humanidade



Em 15 de fevereiro de 2013, um meteoro de 20 metros de diâmetro se desintegrou na atmosfera, a cerca de 20 quilômetros de altitude, perto de Chelyabinsk, na Rússia. As ondas de choque da energia liberada pelo fenômeno, equivalente a uma explosão de 500 kilotons, ou 30 vezes a bomba atômica que destruiu Hiroshima, se espalharam por um raio de mais de 100 quilômetros, quebrando as janelas de centenas de prédios e casas e deixando quase 1,5 mil pessoas feridas. Embora raro, o evento serviu de alerta para a Humanidade redobrar seus esforços na busca por rochas espaciais potencialmente perigosas para a Terra. Mas, passados três anos do episódio em Chelyabinsk, nossa capacidade de detectar com antecedência os chamados “superbólidos” como o que caiu na cidade russa permanece praticamente nula, assim como o mistério de sua origem.

Iniciados ainda nos anos 1970, os programas para identificação dos chamados NEOs (sigla em inglês para “objetos próximos da Terra”) só ganharam força a partir da década de 1990. Então, em 1998, o Congresso dos EUA determinou que até 2008 a Nasa descobrisse pelo menos 90% dos asteroides com mais de um quilômetro de diâmetro que ameaçassem nosso planeta. E a preocupação com essas rochas espaciais maiores tem sua razão. Para se ter uma ideia, o meteoro que acredita-se ter levado a extinção dos dinossauros há cerca de 66 milhões de anos tinha entre cinco e dez quilômetros de diâmetro.

NOVA IDADE DO GELO - Em recente encontro da União Americana de Geofísica (AGU, também na sigla em inglês), Charles Bardeen, do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas dos EUA, apresentou modelos do clima terrestre que indicam que mesmo o impacto de um asteroide de tamanho considerado “médio”, com um quilômetro de diâmetro, já seria suficiente para mergulhar a Terra em uma nova Idade do Gelo. De acordo com ele, seu choque produziria uma cratera com apenas 15 quilômetros de diâmetro, mas lançaria tanta poeira e fuligem de incêndios florestais na atmosfera que bloquearia 70% da radiação solar que atinge a superfície do nosso planeta durante até dois anos, e permaneceria em suspensão no ar por até uma década. Como resultado, as temperaturas médias globais desabariam ao menos 8 graus Celsius, enquanto a consequente destruição da camada de ozônio elevaria enormemente a incidência de radiação ultravioleta e os índices de precipitação cairiam pela metade, destruindo colheitas, dizimando as criações de animais e matando de fome bilhões de pessoas.

Desde 1998, no entanto, a Nasa já detectou 880 objetos próximos da Terra com essas dimensões ou maiores, cumprindo em grande parte o objetivo imposto pelo Congresso dos EUA então. E apesar de estimativas apontarem que ainda faltam ser encontrados de 50 a 100 destes grandes asteroides potencialmente perigosos, nos últimos anos a agência espacial americana também tem concentrado esforços na busca por objetos ainda menores, a partir de 140 metros de diâmetro, encontrando um total que até a semana passada chegava a pouco mais de sete mil. Embora talvez não tenham consequências globais como o impacto dos asteroides maiores, estes objetos podem provocar catástrofes regionais. Por isso, no mês passado, a Nasa anunciou a criação de seu Escritório de Defesa Planetária, que deverá apresentar planos e propostas para desviar ou destruir asteroides que apresentem risco de colisão com a Terra.

Já com relação a meteoros menores como o de Chelyabinsk, porém, por enquanto não há praticamente nada que possamos fazer, mesmo que o asteroide já tenha sido identificado anteriormente. É o caso, por exemplo, da rocha espacial designada 2013 TX68, descoberta no mesmo ano do evento na Rússia. Com diâmetro estimado em 30 metros, ela vai passar pela vizinhança da Terra no próximo dia 5 de março, mas foi tão pouco observada que as incertezas sobre sua órbita são tamanhas que os cálculos indicam que ela pode chegar tanto a apenas 17 mil quilômetros da superfície de nosso planeta quanto a até 14 milhões de quilômetros de distância.

Fernando Roig, astrônomo do Observatório Nacional especialista em cometas e asteroides, explica que, por serem muito pequenos, esses objetos refletem pouca luz solar e viajam tão rápido que sua detecção com a antecedência necessária para que alguma medida seja tomada é quase impossível.

"Por enquanto, com asteroides abaixo de 100 metros de diâmetro, só vamos saber que eles estão vindo quando já estiverem em cima da gente", conta. "Talvez, com sorte, sejamos capaz de vê-los com um ou dois dias de antecedência. Mas embora nossa capacidade de prever esses impactos seja praticamente nula, os riscos eles trazem são mínimos. Um evento como o de Chelyabinsk acontece uma vez a cada 50 a 80 anos, mas a probabilidade de ser sobre um centro urbano é ainda mais baixa. Afinal, as cidades ocupam menos de 5% da superfície da Terra, então esses bólidos têm mais de 95% de chances de caírem onde praticamente não vai ter ninguém para ver ou ser atingido".

O Globo - Publicado em NE10, 18/02/2016
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