sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Teologia da música evangélica brasileira


Inicio uma série de posts "conta-gotas" comentando algumas pérolas da música evangélica e o que refletiam na época, não me preocupando agora com a ordem cronológica. Peço desculpas se não postar todos os dias pois além de atuais dificuldades de agenda e trabalho, também estou com alguns problemas de acesso à internet.

Inquestionavelmente a música que cantamos em nossas igrejas reflete a teologia que cremos, que pregamos ou em último caso, a que estamos expostos, porisso é possível verificar os modismos, as novidades e até os fundamentos e evolução do evangelho pregado nas igrejas brasileiras.

Olhando para o passado, algumas situações chegam a ser engraçadas, como a idéia generalizada de que não passaríamos do ano 2000 ou da descrença na possibilidade de o homem ir á lua, tudo registrado em LPs gravados na década de 50 e 60.

Há também marcas de um avivamento espiritual ocorrido nos anos 60, com despertamento para evangelismo e missões, busca por dons espirituais e exortação à santidade. Nessa época, historicamente, acontecia o Conferência Mundial Pentecostal realizada no Rio de Janeiro, o surgimento da CBN, fruto "renovação" de algumas igrejas batistas ligadas à CBB e o cinquentenário das mais antigas Assembléias de Deus no Brasil, dentre outros eventos.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Será que não há algo mais importante com que se preocupar?

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Evangélicos querem que Microsoft mude o atalho para salvar documentos de CTRL+S para CTRL+J


Um assunto está dando o que falar na internet. Evangélicos de várias denominações dos Estados Unidos estão fazendo um abaixo assinado para solicitar à Microsoft que mude a tecla de atalho para salvar documento de ctrl+s para ctrl+j.

A causa está sendo apoiada por grandes nomes do gospel norte-americano como o reverendo Al Green. “Eu acredito que só Jesus salva e por isso a mudança é importante. Precisamos extinguir Satanás de nossas vidas, inclusive nas pequenas coisas”, afirma.

Já o diretor de relações públicas da Microsoft, Ronald Sailog, declarou à mídia que a alteração pode ser uma oportunidade de negócio, entretanto não condiz com a realidade já que o “s” é claramente a primeira letra da palavra “salvar” e afirmou que a Microsoft não tem qualquer ligação com Satã.

Nós analisaremos e talvez poderemos criar um versão gospel do Office, já que há milhões de cristãos que utilizam computadores pessoais. É um mercado que não inclui somente evangélicos, e sim todos que acreditam em Jesus de alguma forma” relatou. Entretanto, a Microsoft só irá se pronunciar oficialmente após receber o documento em que consta a manifestação por escrito.

Fonte: Agência Unipress Internacional

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Quando os Bois Tropeçaram

por Carl Ballard


Lições da Morte de um "Bom Homem" - 1 Crônicas 13:1-14. - Era um dia de grande alegria em Israel. "Davi e todo o Israel alegravam-se perante Deus, com todo o seu empenho; em cânticos, com harpas, com alaúdes, com tamboris, com címbalos e com trombetas" (1 Crônicas 13:8). Depois de mais de 40 anos de desprezo, a arca de Deus estava voltando para ficar novamente no meio do povo de Israel (1 Crônicas 13:1-3; 1 Samuel 4:1-11). Mas, no pique da celebração e festim, os bois que puxavam a arca em seu carro novo tropeçaram. Para evitar que a santa arca caísse no chão, Uzá estendeu a mão e a segurou. Com isso, ele morreu, castigado pela ira do Senhor. O dia de alegria tornou-se em dia de grande tristeza e luto.

O que aconteceu de errado para que se acendesse a ira do Senhor contra este "bom homem" que simplesmente tentava proteger a santidade da arca de Deus?


Um Começo Errado - A busca da arca era, na verdade, a busca da presença de Deus (1 Crônicas 13:6; Êxodo 25:17-22). Isto é a coisa certa a se fazer. Mas, será que existe uma maneira certa de buscar a presença de Deus? Será que existe um jeito certo de louvá-lo?


Vamos analisar como Davi começou errado na sua busca da presença do Senhor:


1 - Davi chamou primeiramente as pessoas importantes de Israel. "Consultou Davi os capitães de mil, e os de cem, e todos os príncipes" (1 Crônicas 13:1). As pessoas "importantes" – os ricos, os políticos, e outros de alguma influência entre o povo – freqüentemente são as menos interessadas em fazer a vontade do Senhor, pois acham que já têm tudo de que precisam sem o Senhor. Por exemplo, um jovem rico perguntou a Jesus o que era necessário para ele ser salvo. Quando Jesus mandou que ele tomasse uma decisão entre seguir Jesus ou seguir a riqueza, o jovem decidiu ficar com sua posição e seu dinheiro (Lucas 18:18-23). Devemos consultar primeiramente o Senhor – não há ninguém mais importante do que ele!


2 - Davi queria saber a opinião da congregação do povo. Disse Davi, "Se bem vos parece" e depois, "Se vem isso do Senhor...tornemos a trazer para nós a arca do nosso Deus; porque nos dias de Saul não nos valemos dela" (1 Crônicas 13:2-3). Davi colocou a opinião do povo acima da opinião do Senhor. Na verdade, se a coisa "vem do Senhor", já não é preciso mais saber "se bem vos parece". Uma vez que o Senhor falou sobre a coisa, é a opinião dele que devemos seguir.


3 - Davi se agradou com a opinião do povo. "Toda a congregação concordou" e "isso pareceu justo aos olhos de todo o povo" (1 Crônicas 13:4). Quando o povo deu seu apoio, Davi não queria saber mais "se vem isso do Senhor". Infelizmente, quando vêem que algo agrada "toda a congregação" ou "todo o povo", muitos líderes esquecem do que agrada ao Senhor! Muitas igrejas de hoje erram da mesma maneira, fazendo de tudo para agradar a congregação, mas nada fazendo para agradar ao Senhor.


Em todos estes casos, Davi errou porque ele começou buscando pessoas em vez de buscar o Senhor. Devemos começar sempre com o Senhor. Deus procura pessoas que o adorarão "em espírito e em verdade" (João 4:23-24). Deus revelou esta verdade na sua palavra, a fim de santificar e unir os seus adoradores (João 17:17-21). Então, para buscar o Senhor devemos consultar a palavra Dele, ouvir a opinião Dele, e fazer o que lhe é agradável.


Duas Decisões Erradas - "Puseram a arca de Deus num carro novo e a levaram da casa de Abinadabe; e Uzá e Aiô guiavam o carro" (1 Crônicas 13:7). O zelo de Davi e do povo não faltava. Fizeram todas as preparações para que a arca fosse trazida à Jerusalém em toda a sua glória. Mas, no seu ânimo de "glorificar o Senhor", esqueceram da própria vontade dele! Pois, Deus havia dado instruções explícitas sobre como se deve carregar a sua arca: "Farás também varais de madeira de acácia e os cobrirás de ouro; meterás os varais nas argolas aos lados da arca, para se levar por meio deles a arca. Os varais ficarão nas argolas e não se tirarão dela" (Êxodo 25:13-15). Era a vontade de Deus que a maneira certa de carregar a arca fosse pelos varais. Quando decidiram colocar a arca num carro novo, desprezaram o mandamento do Senhor.


"Quando chegaram à eira de Quidom, estendeu Uzá a mão à arca para a segurar, porque os bois tropeçaram" (1 Crônicas 13:9). A arca de Deus era uma das coisas sagradas que pertenciam ao santuário do tabernáculo. O Senhor proibiu fortemente que alguém além dos consagrados sacerdotes a tocasse ou até olhasse para ela: "Havendo, pois, Arão e os seus filhos...acabado de cobrir o santuário e todos os móveis dele, então, os filhos de Coate virão para levá-lo; mas, nas coisas santas, não tocarão, para que não morram... Arão e seus filhos entrarão e lhes designarão a cada um o seu serviço e a sua carga. Porém, os coatitas não entrarão, nem por um instante, para ver as coisas santas, para que não morram" (Números 4:15-20). Porém, quando os bois tropeçaram, Uzá viu a arca, com toda a sua glória e santidade, caindo para o chão onde seria profanada! Então, a reação natural dele era de estender a mão e segurá-la para proteger a santidade dela. Mas quando ele decidiu tocar na arca, Uzá desprezou o mandamento de Deus.


Estes homens tomaram decisões sem pensar na vontade do Senhor. Davi estava preocupado mais com a aprovação do povo do que com a vontade de Deus. A reação de Uzá mostra que ele estava preocupado mais com a arca (um objeto) do que com a vontade de Deus (um ser divino). Quem busca a Deus tem que estar preparado para tomar decisões baseadas na palavra dele, as quais muitas vezes não vão agradar aos outros (Gálatas 1:10-12). Quem busca a Deus tem que cultivar pelo estudo da sua palavra uma mente renovada, a qual vai agir de acordo com os desejos do Senhor em vez de reagir de acordo com as circunstâncias do momento (Romanos 12:1-2).


A Lição de Autoridade - "Então, a ira do Senhor se acendeu contra Uzá e o feriu, por ter estendido a mão à arca; e morreu ali perante Deus. Desgostou-se Davi, porque o Senhor irrompera contra Uzá... Temeu Davi a Deus, naquele dia, e disse: Como trarei a mim a arca de Deus?" (1 Crônicas 13:10-12). O jovem rei estava arrazado. Deus havia tomado a vida de um dos seus servos, e a arca do Senhor ainda jazia no caminho para Jerusalém, sem ter como avançá-la. Se é tão duro buscar a presença de Deus, quem jamais conseguirá? Na morte de Uzá, Davi aprendeu uma forte lição sobre autoridade.


Autoridade é o poder de mandar. Por causa do eterno poder e sabedoria de Deus, a palavra dele é autoridade suprema. O motivo de Davi em buscar a arca era nobre, mas ele violou a autoridade de Deus quando ele mudou a maneira de carregá-la. Davi achou que sua maneira de carregar a arca era tão boa quanto usar os varais. Porém, nem todo o seu poder em Israel como o rei escolhido de Deus concedeu a Davi o direito de mudar a lei do Senhor. Este pecado de Davi criou a situação que levou até a morte do seu servo Uzá.


A autoridade de Deus se baseia naquilo que ele nos revela na sua palavra. Ele vai julgar o mundo de acordo com a palavra revelada (João 12:48). Note que não estava escrito na lei que eles não poderiam carregar a arca num carro novo. Isto nem tampouco precisava estar escrito, porque quando Deus revelou a maneira certa de carregá-la, ele já deixou fora todas as outras possibilidades. A autoridade de Deus funciona desta maneira: "As coisas encobertas pertencem ao Senhor...porém as reveladas nos pertencem...para que cumpramos todas as palavras desta lei" (Deuteronômio 29:29). Quem quer agir de acordo com a autoridade de Deus tem que saber o que Deus revelou, e não o que ele não revelou! A palavra revelada de Deus nos habilita para fazermos "toda boa obra" com a autoridade dele (2 Timóteo 3:16-17).


Aplicações Para os Dias Atuais - Hoje em dia, muitas pessoas com ainda menos poder do que Deus concedeu a Davi guardam e ensinam suas próprias maneiras e doutrinas como se fossem iguais às do Senhor. Negando e às vezes contrariando a própria palavra de Deus, muitos líderes religiosos seguem a sua própria autoridade, mudando a lei de Deus para seu próprio benefício, e enganando um povo simples que não tem a prática de buscar a vontade e a autoridade do Senhor nas Escrituras. Mas o erro de Davi e Uzá nos ajuda a ver algumas aplicações práticas:


Líderes erram: Até líderes bons que realmente desejam fazer a vontade do Senhor são capazes de errar. Davi era um homem "segundo o coração de Deus" (Atos 13:22). Todos confiavam na grande visão dele para trazer de volta a arca do Senhor. Mas ele deixou de confirmar na palavra de Deus o que estava fazendo, e seu erro levou até a morte de Uzá. Sabendo que líderes erram ou até enganam, devemos sempre confiar no Senhor e na palavra dele em vez de nas pessoas e nas suas interpretações (1 João 4:1).


O que parece certo nem sempre é: Toda a congregação se alegrava e dançava ao lado da arca no carro novo. Mas Uzá morreu por causa da falta de respeito pela palavra do Senhor. Ou ninguém sabia (porque não estudavam a palavra) ou ningúem ousava dizer que era errado levar a arca daquela maneira. Muitos hoje procuram uma igreja onde se sentem bem, onde tudo parece ser paz e alegria no Senhor. Mas se a palavra de Deus não está sendo ensinada e obedecida e ninguém tem a coragem de cobrar os líderes por isso, a situação só vai acabar em tristeza e almas mortas.


Devemos respeitar a autoridade de Deus: Davi e Uzá conheceram a palavra de Deus, mas deixavam de segui-la à risco. Assim, num momento de pânico, Uzá reagiu errado e morreu. Muitos seguem a palavra de Deus somente nas coisas "convenientes", e não terão a resposta firme no momento crítico. Mas quem realmente respeita a autoridade de Deus entenderá as palavras do salmista: "Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti" (Salmo 119:11; Colossenses 3:16-17)


Jesus Cristo tem toda autoridade hoje. Ele mesmo disse, "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado" (Mateus 28:18-20). Os servos de Deus em Cristo devem "guardar todas as coisas" que ele ensinou. A autoridade de Cristo foi nos revelada no evangelho, pelos profetas e apóstolos dele (Efésios 3:3-5). Por causa da sua autoridade, a palavra de Cristo é o poder de Deus para salvação (Romanos 1:16-17). Se quisermos buscar a presença de Deus para obtermos a salvação, havemos de buscá-lo somente de acordo com a sua palavra.


Davi aprendeu a lição dura, e mais tarde levou a arca à Jerusalém sobre os ombros dos levitas, como a palavra do Senhor ordenou (1 Crônicas 15:1-15, 25-28). A morte de Uzá testifica que há uma maneira certa de buscar e de louvar a Deus. Vamos buscar e servir a Deus de acordo com a palavra dele, para que não morramos, mas pela obediência obtenhamos vida eterna (João 5:24).

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Nunca se ouviu tanto de tragédias naturais no mundo todo

O ano começou com a divulgação de catástrofes no Brasil e mundo afora. Torrentes em São Paulo, tragédia em Angra dos Reis e depois calor no Rio de Janeiro de 45º com sensação térmica de 50º, frio e neve congelando rios na China, Polônia, Rússia, França e na Inglaterra, onda de frio atingindo a Flórida e matando na Índia, erupção vulcânica na Colômbia e no Equador, tremores de terra de alta intensidade no Brasil, precisamente no estado do Rio Grande do Norte, cujos efeitos foram sentidos aqui em Recife e agora a devastação no Haiti, um paupérrimo país da América Central, com previsão de mais de 100.000 vítimas.

Todos são fenômenos naturais que acontecem regularmente em todo o mundo em algum tempo mas o que chama a atenção é que tudo está acontecendo ao mesmo tempo e em todo o lugar.

Mais do que se diria há 20 anos, eu creio que são sinais da iminente vinda do Senhor Jesus.

Oremos pelo Haiti, pelas famílias que perderam seus entes queridos, inclusive brasileiros e também daqui de Pernambuco. Lembremo-nos de que há um expressivo número de nossos soldados alí, atuando na força de paz da ONU.
"Respondeu então ele: Acautelai-vos; não sejais enganados; porque virão muitos em meu nome, dizendo: Sou eu; e: O tempo é chegado; não vades após eles. Quando ouvirdes de guerras e tumultos, não vos assusteis; pois é necessário que primeiro aconteçam essas coisas; mas o fim não será logo. Então lhes disse: Levantar-se-á nação contra nação, e reino contra reino; e haverá em vários lugares grandes terremotos, e pestes e fomes; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu. Mas antes de todas essas coisas vos hão de prender e perseguir, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Isso vos acontecerá para que deis testemunho. "
São Lucas 21.8-13

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A morte na panela

"Eliseu voltou a Gilgal. E havia fome na terra; e os filhos dos profetas estavam sentados na sua presença. E disse ao seu moço: Põe a panela grande ao lume, e faze um caldo de ervas para os filhos dos profetas.
Então um deles saiu ao campo a fim de apanhar ervas, e achando uma parra brava*, colheu dela a sua capa cheia de colocíntidas* e, voltando, cortou-as na panela do caldo, não sabendo o que era.
Assim tiraram de comer para os homens. E havendo eles provado o caldo, clamaram, dizendo: Ó homem de Deus, há morte na panela! E não puderam comer.
Ele, porém, disse: Trazei farinha. E deitou-a na panela, e disse: Tirai para os homens, a fim de que comam. E já não havia mal nenhum na panela."
II Livro dos Reis 4.38-42

O texto é por demais conhecido e muito pregado nas igrejas, especialmente pelos simbolismos e analogias que nele encontramos; Apesar disto, não posso deixar de pensar que este pode explicar muito dos absurdos que vemos hoje no dito meio evangélico brasileiro.

1 - Havia fome na terra. A terra era Gilgal, onde havia uma escola de profetas, local atuação de Elias e agora de Elizeu, o que não isentou os santos de sofrerem com a calamidade. E quem é que disse que não passaríamos por dificuldades e problemas? Jesus afirmou "no mundo tereis aflições..." (Jo 16.33). Aliás, sem ser sádico e muito menos masoquista, o sofrimento é por vezes a maneira mais eficaz de sermos moldados por Deus. Salomão dizia: "a tristeza do rosto torna melhor o coração" (Ecl 7.3), mas isso é um outro assunto. O fato é que sempre haverá fome na terra e especificamente essa fome de Deus, das coisas espirituais. Jesus vendo a multidão, já ao final do dia, disse aos discípulos: "Dai-lhes vós de comer" (Lc 9.13). Está sob responsabilidade de Igreja prover o mundo da comida espiritual que é a Palavra de Deus. Veja que diante das circunstâncias não faltou a atitude do profeta em pedir para ser colocada a panela no fogo - mesmo sem ter ainda algo para cozinhar - e sugerir que se fizesse um caldo de ervas para que os filhos dos profetas se alimentassem.

2 - Um deles. O texto é claro ao afirmar que "um deles" saiu ao campo para buscar ervas; Não foi um estranho quem trouxe as parras bravas para a panela. Era alguém conhecido e do ofício dos profetas. Temos visto inseridas em algumas pregações, predominantemente as televisivas e/ou gravadas, incitações a contendas, heresias das brabas mesmo, ataques à doutrina e aos costumes primitivos, pregadores cuspindo no prato onde outrora comeram e também comendo com porcos, tudo isso alcançando uma enorme massa de ouvintes. Abraçam o que se deve rejeitar e passam uma imagem forte de que não há perigo em algumas alianças ou experimentar novos e desconhecidos temperos. Pois é. Triste o constatarmos que aprendizes de profetas e profetas vem divulgando com mais fervor a teologia da prosperidade, participando de grandioso encontros nacionais de r-é-t-é-t-é onde aberrações são vistas, toleradas e até incentivadas em nome do mover do Espírito Santo, importando e depois implantando em igrejas modelos impróprios e até malígnos, defendendo abertamente práticas sexuais anormais entre um casal para estimular o relacionamento, levando líderes e igrejas à agregarem-se ao "novo ministério " com multiplicação exponencial de apóstolos, paipóstolos, vice-deuses e outras configurações mais. Já ouviu falar da unção do riso, da galinha, do leão, tocar o shofar, de danças, festivais, verões gospel, arca da aliança paraguaia, raves, pagodes, boates e baladas "evangélicas"? Seriam por acaso esses profetas filiados a alguma agremiação do mundão? Infelizmente, são figurinhas que todos conhecemos e que já vimos pregar tantas vezes. Eram dos nossos, talvez até com boas intenções de prover alimento, mas faltava-lhes uma coisa. Não é por acaso aque inda hoje lemos o elogio bíblico aos irmãos da Beréia, que apesar do prestígio de receberem ninguém menos que o apóstolo São Paulo para pregar-lhes, conferiam diariamente nas Escrituras o que este lhes ensinava para ver "se as coisas eram assim" (At 17.11). Oremos por nossos líderes; Eles, mais que qualquer um membro, necessitam de nossas orações para que não tropessem, senão o estrago é grande.

3 - Ele não sabia o que era aquilo. Aquele profeta (possivelmente um jovem aprendiz) não sabia discernir o que era bom para comer e dar de comer. Saiu para buscar ervas e achando algo diferente, colocíntidas, agradáveis aos olhos mas desconhecendo o mal que poderiam fazer, touxe uma capa cheia delas, cortou-as e pôs na panela do caldo. O que falta é discernimento. Toda novidade é implantada sem um mínimo de reflexão pois o negócio é o agora. Mata a fome do povo com modismos e heresias e depois quem comeu vai para o hospital ou para o cemitério. Que consequências verei se permitir a implantação do modelo X? Não estarei abrindo as guardas para o ingresso de heresias? O rebanho de Deus que me foi confiado estará em perigo? Isto fere a sã doutrina e os bons costumes? O cantor Y pode cantar no púlpito de minha igreja? Como é a vida dele? Que exemplo dá e como influencia as ovelhas mais jovens? O que tem pregado tal pastor, apesar de sua longa lista de credenciais, cargos, cruzadas, dvds e cds gravados? Infelizmente muitos "jovens" obreiros - às vezes não tão jovens assim - no intento de agradarem ao povo, de proverem novidades e de ajuntarem multidões, abrem a guarda e consentem parras bravas na doutrina, na liturgia, no cotidiano da congregação, falácias belas aos olhos (e ouvidos) cujo resultado é o desarranjo, a dor, a fraqueza e morte espiritual da igreja - imediata ou posterior. O que escreví não é novidade e lamento que muitos critiquem alguns pastores ditos ortodoxos (ora, TODOS os pastores deveriam ser ortodoxos) pela postura austera em relação à essas coisas, que inibem a atuação de alguns falastrões em suas áreas eclesiásticas, que seguram com rédea firme o que aprenderam e conservam o modelo da Palavra de Deus.

4 - Alguém gritou. Sempre haverá alguém que gritará avisando da morte na panela. Talvez alguém mais velho e mais experiente, talvez alguém mais observador. Quem sabe, os arautos daquele dia perceberam de imediato o efeito no organismo dos mais frágeis e alertaram sobre o perigo da comida ou imediatemente ao provarem o caldo sentiram o gosto do veneno. Não puderam comer é o que diz o texto. Quem se alimenta da Palavra, do leite puro (I Pe 2.2) nunca poderá aceitar, não conseguirá engolir caldo de parras bravas. Igrejas que aprendem, que têm mais cultos de doutrina, que dão mais tempo para o ensino, que não "enrolam" seus membros com programações pouco nutritivas serão mais fortes e mais resistentes à aceitação de novo cardápio, especialmente se for de pepinos bravos. Não dá pra trocar a Palavra, o ensino, a oração, o discipulado, o evangelismo, as pregações, as consagrações, o verdadeiro serviço de música e louvor, o jejum, por programas puramente sociais. Eles podem até existir mas nunca deverão tomar o tempo e a primazia da Palavra na vida da Igreja, nem mesmo se vierem travestidos de louvorzão, cruzada, ação social ou outra coisa boa aos olhos, com ótima aparência como são as flores das colocíntidas. Alguns profetas podem ser hoje alcunhados de pro-festas de tantas invenções substutivas aos verdadeiros cultos que de fato deveriam estimular em suas igrejas. É preciso ouvir o que clamava João Batista no deserto: -Endireitai os vossos caminhos! (Mc 1.3, Jo 1.23). Graças a Deus que existem Pastores, homens que o Senhor tem levantado para gritarem contra o que se quer colocar na panela, contra o que alguns querem dar ao povo para comer pois não é qualquer um que pode, e nem que deve levantar-se contra, afinal, são todos profetas, filhos de profetas e estão todos em Gilgal.

5 - Tragam farinha. Ei, há uma solução! O homem de Deus logo percebeu o que estava acontecendo e a providência não foi outra: farinha na panela, logo! Ele mesmo deitou a farinha e ordenou que desse aos homens para comer. Tratou o mal e a farinha foi o remédio! A farinha de trigo, base da culinária daqueles tempos, é símbolo da Palavra de Deus. Ela é eficaz e penetrante (Hb 4.12), é remédio para a morte que havia na panela e somente ela, administrada ao povo, poderá reverter o quadro sombrio que paira sobre grande parte das igrejas evangélicas deste País. A Palavra transforma, liberta, vivifica, renova. A Palavra dará forças necessárias aos profetas e filhos dos profetas para continuarem o serviço, o ministério. Jesus ordenou que João escrevesse à sete igrejas que existiam na Ásia, específicamente a seus dirigentes e as recomendações entre outras diziam "arrepende-te", "torna ao primeiro amor, às primeiras obras", "adquire de mim", "lembra-te de onde caíste", "o que tens, retende até que eu venha", "Sê vigilante", "guarda o que tens", "aconselho-te", "lembra-te do que tens recebido e ouvido" (Ap 2, 3). Jesus continua falando nestes últimos dias. Quem tem ouvidos, ouça!

Não haverá a "morte da panela" pois ela precisa continuar a ser vista como fonte de alimento. Os púlpitos podem ser comparados a essas maravilhosas panelas. A morte da panela seria o extermínio da vida espiritual de uma igreja. Agora, as panelas da morte e a morte que há em algumas panelas, estas precisam ser eliminadas. Por isso é que algumas dessas Panelas precisam ser lavadas e o que é colocado para que cozinhem precisa ser verificado regularmente. Em tempo, deixo claro que está longe de mim pensar em admoestar a pastores e líderes. Quem sou eu? Guarde-me o Senhor de tal procedimento ou intenção. Peço portanto, de antemão, perdão se pareço "intrometido" em assuntos que deveriam ser puramente ministeriais mas a Palavra é a Palavra e não busco atacar quem quer que seja, não cito nomes ou explicito nem mesmo fatos de amplo conhecimento que os liguem a pessoas de referência, afinal, são separados, ungidos para um fim e prestarão contas a Deus com mais severidade.


(Clique para ampliar)
* Alguns estudiosos dizem que essa parra brava, conhecida como colocíntida, era uma espécie de trepadeira ornamental, da família das cucurbitáceas - Cucurbita pepo - de flores com amarelas e frutos com manchas muito parecidos com os pepinos comestíveis que conhecemos, mas que ao serem ingeridos produzem muitas dores abdominais e têm efeito laxante muito forte. 

Texto publicado originalmente neste blog em 12/01/2010 sob título Panelada Mortal

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Terapia musical pode ajudar a combater zumbido

O zumbido subjetivo, o som que muitas vezes acompanha a perda auditiva relacionada a ruídos, é um problema de difícil tratamento. Porém, pesquisadores da Alemanha descobriram uma abordagem inovadora, um tipo de terapia musical onde a música é criada sob medida para a pessoa com zumbido.

A técnica, desenvolvida por Hidehiko Okamoto, Henning Stracke e Christo Pantev da Universidade Westfalian Wilhelms, e Wolfgang Stoll do Hospital da Universidade de Muenster, faz uso de recentes descobertas sobre uma possível causa do zumbido: a reorganização do córtex auditivo, a parte do cérebro responsável pela percepção de sons em resposta à exposição a ruídos. Outra pesquisa mostrou que treinamento comportamental pode reverter uma reorganização falha do córtex.

Os pesquisadores permitiram que os pacientes escolhessem sua música favorita, que em seguida foi “cortada” – uma banda de frequência de uma oitava, centrada na frequência do toque experimentado pelo paciente, foi filtrada e retirada. Os pacientes escutaram a música durante uma média de 12 horas por semana.

Após um ano, segundo relataram os pesquisadores em The Proceedings of the National Academy of Sciences, aqueles que ouviram essa música personalizada relataram uma significativa melhora em seu zumbido – o toque não era mais tão alto , em comparação com outros que ouviram músicas alteradas em frequências não-correspondentes à frequência de seu zumbido.

Os pesquisadores sugerem que duas coisas podem estar ocorrendo no córtex auditivo para causar a melhora. Os neurônios no córtex relacionados à frequência do som aparentemente não estão sendo estimulados, pois essas frequências são ausentes na música. Ao mesmo tempo, neurônios vizinhos podiam estar ativamente suprimindo os neurônios relacionados ao zumbido através de um processo conhecido como inibição lateral.

The New York Times/UOL Ciência - Publicado em Notícias BOL -11/01/2010

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Voce conhece a Bíblia? Teste bíblico da Revista Veja


A revista VEJA lançou uma edição especial em dezembro passado, abordando a Bíblia e mostrando como ainda hoje ela deve ser considerada e lida por toda a sociedade.

Pequenos pontos à parte - levando em consideração o fato de que o texto foi escrito pela crítica de arte da Veja, Isabela Boscov - o artigo foi de bom tom e ao final, um teste de 40 perguntas foi publicado.

Meça seus conhecimentos! Acesse

http://veja.abril.com.br/231209/voce-conhece-biblia-p-166.shtml e confira!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Livro: O monge e o executivo

Entrevista com James C. Hunter


Poucos líderes nunca ouviram falar do livro O Monge e o Executivo (Editora Sextante). Ele se tornou febre no mundo corporativo, está há 222 semanas no ranking dos livros mais vendidos da Revista Veja e já vendeu mais de 2 milhões de cópias no mundo.

No livro, o norte-americano James C. Hunter conta a história de um executivo que vai buscar soluções para seus dilemas profissionais e pessoais num mosteiro beneditino. Neste lugar ele ouve falar de um homem que não ocupou cargo algum, não fez faculdade e sequer pisou numa empresa: Jesus Cristo. O monge apresenta o Mestre como o exemplo maior de líder.

No entanto, o que a maioria dos leitores dos livros de Hunter não sabe é que, o homem por trás do livro que introduziu o conceito de liderança servidora nas empresas é crente em Jesus Cristo há quase 30 anos. E foi sobre a sua experiência na fé que Hunter concedeu esta entrevista exclusiva para o nosso site.

Qual é a sua experiência pessoal com Cristo?
Hunter – Tenho sido um cristão sério e praticante nos últimos 28 anos. Fui batizado ainda criança, mas não levei minha fé a sério até ter 30 anos. A salvação fez sentido para mim em 1981. Atualmente, eu e minha família freqüentamos uma pequena igreja batista próxima de nossa casa.

Você já ocupou algum cargo de liderança na sua igreja local?
Hunter - Sim, já fui ancião e depois o presidente do conselho da igreja. Atualmente, sou professor do curso de Liderança e também do curso Construindo nossa Comunidade, ambos na igreja local.

Seria possível escrever um livro sobre liderança servidora sem ter experimentado o novo nascimento?
Hunter – Não! Minha fé é extremamente importante para mim e foi fundamental ao escrever livros sobre o tema.

Que tipo de retorno você tem recebido dos pastores e de outros líderes cristãos sobre seu livro?
Hunter – Os pastores e líderes cristãos que entram em contato têm apoiado e dado indicações de que amaram o livro. Mas, a maior surpresa foi que os líderes de organizações seculares foram aqueles que realmente se interessaram pelo livro. Eu gasto 98% do meu tempo ensinando o conceito de liderança servidora em empresas e somente 2% em organizações cristãs. Isto foi surpreendente! Muitas organizações cristãs acreditam que entendem e praticam o conceito de liderança servidora, embora minha experiência mostre o contrário... Na realidade, poucas organizações cristãs realmente entendem e praticam a liderança servidora.

Você acredita que os seus leitores não cristãos tem se interessado em conhecer mais sobre Jesus Cristo?
Hunter – Sim, eu realmente creio que os princípios de meus livros podem ajudar a criar uma abertura para Jesus. Eu não tenho nenhuma estatística para apoiar esta afirmação, mas meu instinto diz que o conceito de liderança servidora pode gerar mentes e corações abertos para ouvir o Evangelho de Jesus Cristo.

Qual foi o seu maior desejo ao escrever este livro?
Hunter - Apresentar os princípios de liderança servidora que podem mudar nossas vidas em um mundo perdido e falido.

Que conselho daria aos líderes cristãos em relação ao tema Liderança Servidora em suas igrejas?
Hunter – O melhor conselho que posso dar é seguir o conselho e o exemplo de nosso líder Jesus. Ele disse que liderar é servir. Sendo assim, amem e sirvam os outros. Amar significa se doar para os outros, identificando e suprindo suas reais necessidades e buscando o melhor para suas vidas.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o site www.institutojetro.com


Ganhei este livro, presente do amigo Rogelio Silva, em 2008. Lí com todas as ressalvas que se deve fazer em qualquer obra e aproveitei muito do que esta obra contém. Só não entendí muito porque um escritor cristão evangélico usa como personagem principal um monge católico romano como emanador de toda a sapiência que se quer transmitir, embora a Bíblia seja citada amplamente, todavia, dá pra perceber que a interpretação é muito "protestante" . Indico a leitura a todos os que trabalham com administração e gerenciamento de pessoas e destaco que há boas idéias expressas, como a de "Liderança Servidora" e do "Amor é o que o Amor faz".


E o tempo corre...


O ano novo já começou e há sete dias estamos no início de uma nova década. Sei que não é só impressão minha, mas tenho compartilhado com muito a percepção de que o tempo realmente está "voando" de tão rápido passa, talvez pelo agito cada vez mais intenso desta vida, talvez pelo ritmo mais lento do corpo à medida em que passam os anos, talvez pelas ocupações cada vez maiores ou talvez pelo utópico pensamento de que, contrariando a Física, o tempo esteja abreviado.

O certo é que ultimamente já não penso no que fazer somente no novo ano, mas tenho pensado em possiblidades para a década, especialmente no que tange ao questionamento "o que posso fazer em prol do Reino de Deus?". Se pensar no que fiz durante os últimos dez anos, constato envergonhado que nada fiz para meu Mestre e Senhor! E isto dói.

Sempre é bom lembrar que temos pouco tempo, seja porque a vida é breve, seja porque os sinais da vinda de Cristo estão acentuados e nos revelam que é iminente este acontecimento. Estamos portanto em algum momento da "última hora".

Eu desejo a todos os meus queridos visitantes e seguidores um feliz ano novo, cheio de bençãos e de vitórias, principalmente bençãos espirituais e e também que haja reflexão acerca do tema, levando cada um a fazer mais e melhor em prol da Obra.
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