segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O amigo do meu filho






Após alguns dos hinos habituais num domingo à noite o pastor da igreja se levantou e foi até o púlpito. Antes de iniciar o sermão, rapidamente apresentou um pregador convidado, que estava ali para participar da introdução. O pastor falou à congregação que o pregador convidado era um dos mais queridos amigos de sua infância, e disse que queria que ele cumprimentasse a igreja e que compartilhasse aquilo que estivesse em seu coração.

Com isso, o velho pregador subiu até o púlpito e começou a falar.

"Um pai, seu filho e um amigo do seu filho, estavam velejando pela costa do Pacifico, quando uma tempestade se aproximou rapidamente e impediu todos os esforços de voltarem à costa. As ondas estavam tão altas, que apesar de o pai ser um marinheiro experiente, ele não conseguiu evitar que o veleiro virasse. Os três foram arremessados ao mar quando o veleiro tombou”. 

O velho pregador hesitou por um instante ao olhar para dois jovens que estavam ali, que pela primeira vez, desde o inicio do culto, pareciam estar se interessando pela história.

O velho pregador continuou: "Agarrando a bóia, o pai teve que tomar a decisão mais devastadora de sua vida, ele só teve alguns segundos para decidir a qual menino jogaria a corda. O pai sabia que seu filho era salvo e também sabia que o amigo do seu filho não era. A força das ondas não se comparava com a agonia desta decisão. 

Ao gritar ‘eu te amo, meu filho!’ ele jogou a outra ponta para o amigo do seu filho. Até o momento do pai ter puxado o amigo do filho para o barco tombado, seu filho havia desaparecido nas águas turbulentas, naquela noite escura. O corpo nunca foi encontrado." 

A esta altura, os dois jovens estavam ansiosamente olhando para ele a fim de ouvirem as próximas palavras que sairiam da boca do ministro.

Ele continuou: "O pai sabia que seu filho entraria na eternidade com Jesus e ele não podia agüentar o pensamento de que amigo do seu filho entraria na eternidade sem Jesus... Portanto ele sacrificou o seu filho, para salvar o amigo do seu filho. Quão grande é o amor de Deus, que O levou a sacrificar seu único filho para que nós pudéssemos ser salvos. Eu suplico que você aceite Sua oferta de resgatar você, e agarre a outra ponta que Ele esta jogando para você neste culto". 

Com isto o velho pregador voltou e sentou em seu lugar. O silêncio tomou conta do auditório. 

O pastor então, subiu vagarosamente ao púlpito, e pregou um breve sermão com um apelo no final. Poucos minutos após o término do culto, os dois jovens estavam ao lado do velho pregador. 

"Foi uma estória muito bonita" disse educadamente um dos rapazes, "mas eu não achei muito realista dar seu filho na esperança de que o outro menino se tornasse um cristão".

"Bem, você até tem uma certa razão," O velho pregador respondeu, olhando a sua Bíblia desgastada. 

Um enorme sorriso abriu no seu rosto, mais uma vez olhou para garotos e disse: 

"Não foi muito realista, não é? Mas eu estou aqui hoje para te contar este fato, que me dá uma pequena idéia de como deve ter sido para Deus dar seu único Filho por mim e por vocês, para que fossemos salvos, mesmo sabendo que muitos não acreditariam nisso. Veja!….  Eu sou aquele pai e o seu pastor é o amigo do meu filho." 

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