Redes sociais e o celular são os meios mais comuns para abrir uma fenda e rachar de vez o casamento. A era digital parece facilitar o desgaste.
Nas últimas décadas, quase tudo mudou na dinâmica do casamento. Já as razões pelas quais ele acaba são as mesmas, segundo advogados especializados em divórcio ouvidos pela reportagem.
Os motivos campeões são, não necessariamente nesta ordem: traição, ciúme, dinheiro e até a tanto genérica quanto válida "incompatibilidade de gênios". São as razões de sempre, mas atualizadas.
Veja a questão da traição, por exemplo. "Quase todos os adultérios que chegam ao meu escritório foram comprovados por e-mail ou mensagem de texto", afirma Priscila Corrêa da Fonseca, professora da USP apelidada de "Priscila, a rainha do divórcio" pelos alunos de direito. "O traído descobre a senha, muitas vezes contratando hackers, e depois diz que viu no computador compartilhado pela família", diz ela.
No Brasil, não há dados sobre as separações motivadas por contatos virtuais, uma vez que, desde 2002, os processos deixaram de conter o motivo do rompimento.
REDE SOCIAL - No Reino Unido, um levantamento com base em 5.000 petições de divórcio, feito por uma empresa, constatou que a palavra "Facebook" aparecia em 33% dos processos movidos em 2011 por "conduta inapropriada" do parceiro.
Para Fonseca, a internet inflacionou o número de traições e diversificou as modalidades: "Adultério antigamente dava o maior trabalho. Era só o telefone fixo no meio da sala de casa. Hoje tem celular e gente conversando com o amante no chat enquanto o parceiro oficial está bem ao lado".
Para o advogado Celso Cintra Mori, a possibilidade de manter conversas privadas de forma discreta e o contato constante com pessoas do passado em redes sociais fez gente sem o "perfil do pulador de cerca" se aventurar.
"A internet ainda é um limbo confuso e as pessoas criam maneiras psicologicamente aceitáveis para justificar seus comportamentos na rede. Ao deitar no travesseiro, todo mundo sabe o que é uma traição e ela certamente inclui conversas dúbias por e-mail."
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Slides da reportagem enumeram dez principais desculpas/causas dos divórcios que são citadas nos escritórios de advocacia:
1-Traição (inclusive virtual),
2-Dinheiro (questões financeiras de todo o tipo),
3-Educação/Orientação dos filhos (vide a recente separação de Katie Holmes e Tom Cruise),
4-Violência (dos dois lados),
5-Parceiro que não evolui (diferenças de educação, cultura, status social, finanças etc)
6-Família chata (principalmente a interferência dos pais/sogros na relação)
7-Religião (julgo desigual, fanatismo etc)
8-Convivência (a famosa incompatibilidade de gênios, dificuldades de adaptação à dois)
10-Ciúmes excessivos
O IBGE divulgou recentemente que o número de divórcios no Brasil é maior desde 1984 (leia matéria completa AQUI).
Não dados divulgados acerca do percentual entre os evangélicos, mas que ninguém se iluda. Tenho certeza de que o número é bem mais elevado entre os crentes. E isto não é percebido de agora. Pelo menos há dez anos alguns sites ligados à pastores e igrejas já demonstravam essa tendência. Leia importante artigo de João Cruzué AQUI. Outro, de Julio Severo, AQUI.
Vigiemos. A família é alvo constante de investidas do maligno. A sociedade como um todo já vive desmantelada e parece que brechas estão abertas em nossos arraiais.
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