A notícia veio tão rápida quanto os exércitos que se aproximavam vindos dalém do mar e da Síria (II Cron 20.2). Uma grande multidão reunida de pelo menos três povos para pelejar contra Israel. As notícias não eram boas. Josafá temeu e tanto ele quanto todo Judá se reuniram para pedir socorro ao Senhor (II Cron 20.3).
O mensageiro chegou depressa: "os sabeus roubaram todo o teu gado e mataram teus servos à espada. Só eu fiquei para trazer a notícia". Mal terminara de falar, chegou outra infeliz novidade: "o fogo de Deus caiu do céu e consumiu tuas ovelhas e teus servos". Outro chega correndo antes que seu antecessor termine o relato e dispara: "os caldeus se dividiram em grupos e roubaram teus camelos". O atordoado Jó ainda estava por compreender as mensagens quando outro mensageiro chega e diz: "um vento forte do deserto derrubou a casa onde teus filhos estavam reunidos. Todos morreram" (Jó 1:13-19). As notícias não eram boas mas a Bíblia diz que a reação de Jó foi rasgar suas vestes, raspar a cabeça, prostrar-se e adorar a Deus (Jó 1:20).
As notícias não eram animadoras. Uma multidão saída do Egito para um lugar indeterminado, atravessando desertos e vales escabrosos de repente se vê diante de um grande mar. E agora, para onde ir? Pior que isso, todo o Israel vê em seu encalço o próprio Faraó se aproximando à frente de um grande exército praticamente encurralando-os (Ex 14.10). Parecia não haver saída, mas a Bíblia diz que naquele instante, todo o povo, aterrorizado, clamou ao Senhor.
As premissas não eram boas quando os discípulos se viram na obrigação de alimentar uma multidão de mais de cinco mil homens (fora mulheres e crianças), isto num local ermo e já ao anoitecer. Nem duzentos dinheiros poderiam comprar tanto pão e mesmo, onde comprar? A única provisão era o lanche de um precavido rapaz (Jo 6.9). Mas o que era cinco pães e dois peixinhos para aquela multidão? Os discípulos levaram as notícias a Jesus. Nas mãos do Mestre, o parco lanche seria não o muito, mas o tudo.
As notícias não eram boas para Paulo e Silas na prisão em Filipos; As notícias não eram boas quando Jesus concluiu a celebração da Páscoa e instituiu a Santa Ceia; As notícias eram péssimas quando a mulher sunamita procurou o profeta Elizeu acerca de seu filho querido, único filho por sinal. As notícias eram as piores possíveis para os judeus e para Ester depois do decreto real lavrado por influência do ardiloso Hamã. Notícias ruins para Daniel diante da impossível tarefa de contar o sonho que só rei tivera e ainda dar a interpretação sob pena de, esgotado o tempo determinado, todos serem mortos.
Bem, a lista não se terminaria tão rápido. São muitos os casos registrado na Bíblia em que notícias não tão alvissareiras surpreenderam os servos do Senhor. Não foram provocadas pelos homens de Deus mas chegaram inesperadamente, alguma vezes até quando estavam obedecendo plenamente à ordenanças divinas.
Me atrai o fato de que em todos esses casos citados, a primeira providências foi buscar ao Senhor. Orar, clamar ao céu. Ouvir o que Deus tinha a dizer a respeito das notícias.
Me atrai o fato de que em todos esses casos citados, a primeira providências foi buscar ao Senhor. Orar, clamar ao céu. Ouvir o que Deus tinha a dizer a respeito das notícias.
Se há a confiança de que Deus está no controle de tudo (e Ele tem o controle de tudo), precisamos também confiar que Ele tem a melhor saída, em alguns casos a única saída. Ele está acima das circunstâncias, das situações, das intepéries. Seus caminhos são mais altos e seus pensamentos são mais elevados que os nossos (Is 55.9). Suas ferramentas e estratégias são inigualavelmente melhores e mais surpreendentes que o que possamos imaginar.
Se as notícias não são boas, consulte primeiro ao Senhor.
Em segundo lugar, vejo que na maior parte das circunstâncias citadas, e/ou apesar delas, a adoração e o louvor a Deus foram armas poderosas, tanto como expressão de fé no Deus que muda as situações e que vai à frente de seu povo, como em agradecimento pelos seus feitos gloriososos e até em reconhecimento de que Ele toma nossas história em suas mãos e sabe o que faz com o barro que somos, portanto, mesmo as notícias não muito boas podem ser parte do seu sábio agir. Deus tem seu caminho também no meio da tormenta (Naum 1.3).
Foi assim com Josafá, que depois de receber de Deus a mensagem tranquilizadora da vitória certa (nesta peleja não tereis de pelejar...), aconselhou-se com o povo e colocou cantores na frente do exército. Louvaram antes da vitória. Jó adorou ao Senhor em meio à tragédia que acabara de ser noticiada: O Senhor deu, o Senhor tirou, bendito seja o nome do Senhor!. Paulo e Silas oravam e cantavam enquanto as novidades eram más (At 16.25). Jesus cantou um hino mesmo prestes a ser traído, preso e crucificado (Mt 26.30). Daniel louvou ao Deus do céu que revela todos os segredos (Dn 2.19). Jesus deu graças pelos cinco pães e dois peixinhos antes do milagre. Israel louvou ao Senhor após a travessia do mar. Diante das notícias ruins, quem já se pegou louvando a Deus e cantando? talvez o contrário seja mais comum.
Se as notícias não são boas, experimente fazer o inesperado: Louve e adore a Deus
Creio que Deus age de variadas formas, mas as lições que tiramos de casos assim são as já ratificadas na Bíblia. Os resultados foram manifestos em resposta à confiança depositada no Todo Poderoso.
Diante de notícias não tão boas, busque orientação do Senhor. Glorifique a Ele. Confie Nele e aguarde o agir Dele em seu favor.
"Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado, todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação."
Habacuque 3.17,18
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