quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A questão do aborto



Nestes dias celeuma acerca dos projetos de Lei para sancionar, dentre outras, a legalização da prática do aborto neste país, segue um esclarecedor artigo de autoria do Prof. Alksandro Clemente

Numa visita ao blog da irmã Micheline Gomes ví a reprodução da lista dos deputados federais que apoiam o aborto e algumas figuras pernambucanas que estavam no rol me surpreenderam. Surpresa também é a conveniente postura da cadidata do PT à presidência que agora diz ser contra o aborto, na semana das eleições, logo ela, "mãe" do PNDH.

Seja como for, a igreja precisa altear a voz contra esta e outras práticas horrendas que atentam contra a vida, a moral, a diginidade do ser humano. Pior do que está pode até ficar, mas a Igreja tem autoridade e dever de protestar contra tudo isto e quem sabe, deter essa marcha impiedosa.

Diante de alguns programas criados para organizar e direcionar o pensamento político da igreja evangélica, algumas pessoas se opuseram com a evasiva de que tudo o que está escrito acerca das perseguições aos santos, especialmente no capítulo 24 de São Mateus, há de acontecer independente de termos ou não representantes nas esferas elevadas do legislativo.

Pois bem, eu digo que Jesus também afirmou: "Convém trabalhar enquanto é dia. A noite vem quando ninguém pode trabalhar" (S. João 9.4), portanto, não devemos cruzar os braços esperando a noite e suas proibições, mas alçar mãos ao trabalho enquanto podemos. Ser profeta de Deus e denunciar o pecado é também trabalho nosso.

A ICAR tem sido muito mais eficiente neste aspecto ao contrário de segmentos autoproclamados evangélicos como a IURD, que por seus líderes defende amplamente esta forma de infanticídio.

Nunca é demais lembrar que haverá a renovação (ou continuação) das nossas Câmaras Legislativas pelas eleições de 03/10. A formação da consciência crítica passa pela informação. Procure saber o que pensa e o que faz o seu candidato.


Tramita na Câmara dos Deputados o substitutivo ao Projeto de Lei nº 1.135/91, apresentado pela Deputada Jandira Feghali do PC do B/RJ, que visa legalizar o aborto no Brasil. O substitutivo apresentado pela deputada comunista prevê a revogação dos artigos 124, 126, 127 e 128 do Código Penal, permitindo, com isso, que seja decretada a morte do nascituro até momentos antes do parto.

O assunto é delicado e exige uma análise sobre vários ângulos: político, social, jurídico, moral, religioso, filosófico etc. No entanto, gostaria de tecer alguns comentários acerca das questões jurídicas que envolvem o tema, sobretudo no tocante ao direito à vida.

O direito à vida é um direito fundamental do homem, porque é dele que decorrem todos os outros direitos. É também um direito natural, inerente à condição de ser humano. Por isso, a Constituição Federal do Brasil declara que o direito à vida é inviolável. Diz o artigo 5º da Constituição: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida...” (grifei).

Sabemos que todos os direitos são invioláveis; não existe direito passível de violação. Mas a Constituição Federal fez questão de frisar a inviolabilidade do direito à vida exatamente por se tratar de direito fundamental. Importante lembrar que a Constituição Federal é a Lei Maior do país, à qual devem se reportar todas as demais leis. Além disso, os direitos previstos no artigo 5º da Constituição Federal são “cláusulas pétreas”, isto é, são direitos que não podem ser suprimidos da Constituição, nem mesmo por emenda constitucional.

Não só a Constituição Federal do Brasil declara a inviolabilidade do direito à vida, como também acordos internacionais sobre Direitos Humanos que o Brasil assinou afirmam ser a vida inviolável. O principal desses acordos é Pacto de São José da Costa Rica, que em seu artigo 4º prevê: “Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente” (grifei). O Pacto de São José da Costa Rica entrou para o Ordenamento Jurídico Brasileiro através do Decreto 678/1992 e tem status de norma constitucional, vale dizer, deve ser observado pela legislação infraconstitucional.

Pois bem, se é indiscutível que a vida é um direito fundamental, e que a Constituição Federal e o Pacto de São José da Costa Rica o declaram inviolável, só nos resta saber quando começa a vida. Para isso nos valemos da ciência. Desde 1827, com Karl Ernest Von Baer, considerado o pai da embriologia moderna, descobriu-se que a vida humana começa na concepção, isto é, no momento em que o espermatozóide entra em contato com o óvulo, fato que ocorre já nas primeiras horas após a relação sexual. É nessa fase, na fase do zigoto, que toda a identidade genética do novo ser é definida. A partir daí, segundo a ciência, inicia a vida biológica do ser humano. Todos fomos concebidos assim. O que somos hoje, geneticamente, já o éramos desde a concepção.

É baseado nesse dado científico acerca do início da vida que o Pacto de São José da Costa Rica afirma que a vida deve ser protegida desde a concepção. E mesmo que não o dissesse expressamente isso seria óbvio, pois, a lei deve expressar a verdade das coisas, e se vale da ciência para formular seus preceitos. Ademais, reconhecendo que a vida começa na concepção, o Código Civil Brasileiro, em harmonia com a Constituição Federal e com o Pacto de São José da Costa Rica, afirma em seu artigo 2º que: “A personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro” (grifei). Ora, se a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro, parece óbvio que ela põe a salvo o mais importante desses direitos, que é o direito à vida. Como bem leciona o Profº. Ives Gandra da Silva Martins, seria contraditório se a lei dissesse que todos os direitos do nascituro estão a salvo menos o direito à vida.

Sendo assim, todo ataque à vida do embrião significa uma violação do direito à vida. Por isso é que o atual Código Penal Brasileiro prevê punição para aqueles que atentem contra a vida do embrião, com penas que vão de 01 (um) a 10 (dez) anos de prisão. O mais interessante é que o crime de aborto está previsto no Título I da Parte Especial do Código Penal, que trata dos “Crimes Contra a Pessoa”, e no capítulo I daquele título, que trata dos “Crimes Contra a Vida”, o que demonstra claramente que a lei brasileira reconhece o embrião como uma pessoa viva!

Assim, com base científica e jurídica, nenhuma lei que vise legalizar o aborto no país pode ser aprovada. Se isso acontecer, estaremos violando a Constituição Federal, os Pactos sobre Direitos Humanos que o Brasil se obrigou a cumprir e todo o Ordenamento Jurídico Brasileiro. É nesse contexto que deve ser analisado o Projeto de Lei 1.135/91.

Concluo dizendo que se os parlamentares e o povo brasileiro não se preocuparem em aprovar leis que verdadeiramente promovam a felicidade e o engrandecimento do ser humano, sem violar os direitos fundamentais expressos na constituição, a sociedade brasileira está fadada ao fracasso. E apenas para refletir, deixo aqui uma frase do filósofo Montesquieu, extraída do livro “O Espírito das Leis”, que diz: “Tal é o efeito das más leis, que é preciso fazer leis ainda piores para conter o mal das primeiras”.

 
Aleksandro Clemente - Advogado, Pós-graduando em Direito Penal e Processo Penal pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Membro da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB/SP.


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ANTES e DEPOIS da posse...

ANTES DA POSSE...

O nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar nossos ideais
Mostraremos que é grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo de nossa acção.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos nossos propósitos mesmo que
os recursos económicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.

DEPOIS DA POSSE...  Basta ler o mesmo texto acima, DE BAIXO PARA CIMA

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ouvir música em volume alto provoca surdez precoce

Quão alto podemos ouvir música sem danificar a audição?

Ouvir música em alto volume por muito tempo pode danificar estruturas sensíveis da ouvido e levar à perda permanente da audição. Hoje, um em cada cinco adolescentes norte-americanos já têm alguma perda auditiva, de acordo com um estudo publicado em 18 de agosto no jornal da American Medical Association. Esse número representa um aumento de 30% se comparado a 15 anos atrás.

Segundo Gordon Hughes, diretor do programa de ensaios clínicos no Instituto Nacional de Surdez e Outros Distúrbios de Comunicação (NIDCD), nos Estados Unidos, não devemos escutar música, ou ficar expostos a qualquer ruído, acima de 85 decibéis por mais de oito horas. Um mp3 player, por exemplo, em seu volume mais alto, pode chegar a 105 decibéis.

"O problema é que você não consegue identificar sintomas ou perceber que está colocando seus ouvidos em risco", diz Hughes. "Mas se você estiver conversando com um amigo e precisar levantar a voz para ouvir o que está falando é porque sua música está num volume muito alto e precisa ser baixada". Como parâmetro, vale lembrar que uma conversa normal atinge cerca de 60 decibéis. "Essa é uma maneira rudimentar, mas útil para estimar se o ruído ambiente é demasiado forte", explica ele.

Gordon Hughes também alerta que sensação de pressão ou bloqueio, ou ainda zumbidos, nos ouvidos são características de lesão auditiva temporária. Embora ouvidos jovens sejam mais resistentes que os mais velhos, ele garante que a prevenção é o melhor remédio, porque no caso de perda auditiva a única coisa a se considerar é o uso de um aparelho auditivo.

O recomendável é não ouvir música num volume acima de 85 decibéis por mais de oito horas

Fonte: Terra

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Deus, salve a minha pátria!

Estamos na chamada Semana da Pátria e eu me lembrei de algumas composições que expressam o desejo de ver nossa Nação aos pés de Cristo.

Aqui não existe a tradição de se hastear a bandeira nos cultos e em todas as reuniões sociais como acontece nos EUA, mas eu acredito que a Igreja é a mais patriota das instuições. Não dá trabalho à sociedade e é quem mais ajuda ao progresso do país. Os crentes oram diariamente pela Pátria e pelos governantes. A igreja ensina seus membros a se absterem das práticas corruptas, da sonegação, dos vícios e da bandidagem que chega a estar entranhada na cultura deste povo. A igreja ajuda nos projetos sociais, na educação, na recuperação de vidas, enfim, a igreja se destaca como verdadeiro sal da terra e luz do mundo.

Nos anos da ditadura militar, as canções cívicas ocupavam lugar de destaque nos jingles comerciais, nas escolas e eram relacionadas à grandiosidade deste país que ninguém pode segurar, como dizia Gilberto Gil já em 1975 ou do país que vai pra frente. Basta lembrar da Copa de 70 - "noventa milhões em ação, pra frente Brasil...". A vitória da seleção canarinha foi bem aproveitada como marketing político. E quem tem mais de 30 anos e nunca cantou " Eu te amo meu Brasil, eu te amo. Meu coração é verde, amarelo, branco e azul anil..."?

Política à parte, a Igreja SEMPRE cantou o desejo de ver o Brasil realmente grande, antes, durante e depois da ditadura. Citarei alguns exemplos:

Minha Pátria para Cristo, letra do missionário batista William Edwin Entzminger, o pioneiro do Cantor Cristão, sobre música de Emiline Willis Lindsey. Esse hino está no hinário Cantor Cristão sob nº 439.

Entzminger usa inteligentemente um refrão do Hino da Independência do Brasil, composto por Evaristo da Veiga e por D Pedro II cerca de 75 anos antes, e enfaticamente declara: "Ou ficar a Pátria salva, ou morrer pelo Brasil".

Esta bela música foi gravada por Heitor Rodrigues em seu único LP (de muito sucesso, diga-se de passagem) em 1971 e também por Josué Barbosa Lira, o cantor evangélico que mais gravou na história, no LP "Em teus braços".

Minha Pátria para Cristo!
Eis a minha petição.
Minha Pátria tão querida,
Eu te dei meu coração.

Lar prezado, lar formoso,
É por ti o meu amor.
Que o meu Deus de excelsa graça
Te dispense seu favor!

Salve Deus a minha Pátria,
Minha Pátria varonil!
Salve Deus a minha terra,
Salve a terra do Brasil!

Quero, pois, com alegria,
Ver ver meu povo tão gentil,
Aceitando o Evangelho
Nesta terra do Brasil.

"Brava gente brasileira,
Longe vá temor servil."
Ou ficar a Pátria salva,
Ou morrer pelo Brasil.

Na década de 1960, com o avivamento que incendiou este País, um grande movimento de evangelização foi empreendido por várias igrejas. Campanhas de evangelização nacional foram implementadas por batistas das convenções nacional e brasileira. Desde a década de 50, os pentecostais, como os da Assembléia de Deus, empenhavam-se em ganhar o Brasil para Jesus. Surgiu a Cruzada Nacional de Evangelização e daí, em 1956, uma nova denominação com esse cunho: A Igreja Pentecostal O Brasil para Cristo.

Nesse íterim o Conjunto Betânia e logo depois o cantor Luiz de Carvalho lançam "Desperta Brasil", que se tornou canção oficial da denominação e abria os programas "A voz do Brasil para Cristo", dirigido pelo missionário Manoel de Mello.

Desperta Brasil, Brasil
Está na hora de orar
Que Jesus vai libertar
Todo aquele que nele crer

Se voce o aceitar e em
Deus confiar muitas bençãos
Vai receber

Desperta Brasil
Está na hora do evangelho anunciar
Desperta Brasil
O evangelho de Jesus
Está no ar

Desperta Brasil
Ouve a voz do Salvador
Ele a todos diz
Vinde a mim o pecador

No início dos anos de 1970, em plena época da ditadura militar, Feliciano Amaral grava em seu LP "Dá-me a  tua mão, Pai" a bela canção "Meu Brasil", que expressa com lirismo o desejo de ver o Brasil uma benção nas mãos de Jesus. 

Com a revisão da Harpa Cristã nos anos 1990, esta belíssima música passou a compor o hinário da maior denominação brasileira sob nº 633. A letra, atribuída a A. Mingão, foi ligeiramente modificada. Eu já conhecia uma outra versão, cantada pelos irmãos da pequenina congregação onde crescí lá pelos anos 1980, mas publicarei a gravada por FA.
  
Meu Brasil, nação gigante e mui sublime,
Creio ver-te muito breve bem maior,
Combatendo a iniqüidade, o vício, o crime,
Redimido aos pés de Cristo, o Salvador.

Meu Brasil! Meu Brasil!
Abre o largo seio e deixa a luz raiar!
Meu Brasil! Meu Brasil!
O Evangelho de Jesus te quer salvar!

Debelar a escuridão minh’alma anseia
Nesta terra onde o Cruzeiro prega a paz.
Espalhemos livros, livros à mão-cheia
E a vitória, meu Brasil, alcançarás.

Não te peço, meu Senhor, poder, riquezas,
Nem as glórias que oferece o mundo vil
Dá que eu possa ver fulgindo de beleza,
Na coroa de Jesus, o meu Brasil.

Em 1990 Denise Cardoso lança "Experiência", seu 16º trabalho e o retorno à música um ano após o grave acidente que a deixou 10 meses de cama, e lá na faixa 7 está "Deus salve minha Pátria" .

A música evangélica estava num novo tempo e as canções eram mais diretas e começavam a mostar mais consciência político-social. Fruto do que acontecia no mundo inteiro, Glasnost, Perestroika, queda do Muro de Berlim, final da guerra fria, final do mandado de Sarney... Nem porisso o desejo de ver o Brasil salvo por Cristo deixou de ser desejado.

Deus, salve minha pátria!
Dá-me um novo país!
Eu quero mais paz
Eu quero amor
Quero ver o povo
Feliz

Quero ver criança brincando
Percorrendo os campos em flor...
Quero colher os frutos
Dessa terra feita de amor

Deus, olha para os famintos
Dá-lhes a água e o pão
E aos pobres favelados
Conceda nobre habitação

Quero ver a luz do Senhor
Dissipando a escuridão
Que resplandeça forte
Iluminando os corações.

Em 1996 é a vez de João Alexandre, ícone de toda uma geração, compor e lançar no "Voz e Violão" a sua linda e instigante "Pra cima Brasil". Como eu disse antes, a referência aos fatos sociais era uma preocupação em algumas composições e após impeachment, URV, Plano Real, quebradeira geral de bancos, PROER e outras incertezas do instável momento político e econômico levavam muitos de nós a perguntar "como será o futuro de nosso país?". Era uma época de tamanha incerteza.

Os Arautos do Rei gravaram essa música com arranjo de Jáder Santos no CD "A Capela". Confira a letra:

Como será o futuro do nosso país?
Surge a pergunta no olhar e na alma do povo
Cada vez mais cresce a fome nas ruas, nos morros
Cada vez menos dinheiro pra sobreviver

Onde andará a justiça outrora perdida?
Some a resposta na voz e na vez de quem manda
Homens com tanto poder e nenhum coração
Gente que compra e que vende a moral da nação

Brasil olha pra cima
Existe uma chance de ser novamente feliz
Brasil há uma esperança!
Volta teus olhos pra Deus, justo juiz!

Em 2001 a Bompastor lança o CD "Final Feliz" do grande compositor Armando Filho, com faixa "Só Deus segura este país", uma clara referência à música de Gilberto Gil, tão usada no governo Costa e Silva e recetemente utilizada por Lula com alguma polêmica. A crítica social é forte nesta canção e em meio ao caos e deseperança nas instituições, os questionamentos têm uma resposta clara: Deus tem o controle sobre tudo e todos e só Ele pode segurar esse país.

Dos homens não vem solução
Prá restaurar esta nação
Os salvadores vão surgir
Promessas não vão se cumprir
Ninguém segura este país
É o que se ouve é o que se diz
Mas lá no céu no trono está
Um Deus poderoso, seu Nome é Jeová
Só Ele pode este quadro mudar.

Só Deus segura este país
Em meio a crise e a aflição
Em meio a tanto desamor
O amor de Deus é a solução
É hora de interceder
E confiar somente em Deus Jeová
Só Ele tem todo o poder
E pode então tudo mudar. (Bis)

Muitos têm pouco prá viver
Poucos tem muito prá valer
Este sistema é opressor
Tem seu cruel dominador
O misticismo em ação
Na tela da informação
A Violência está a crescer
Ao ponto de nos deixar sem saber
O que será desta grande nação.

Hoje não lembro de canções que levem à reflexão sobre nosso país, sobre nossa função maior que é a evangelização ou sobre nossas responsabilidades sociais mesmo diante da perigosa conjuntura política e da iminência de leis infames que nos tolhem a liberdade e estatualizam o pecado e a imoralidade. 

Parece que feneceu o afã de ver o Brasil aos pés de Cristo e o desafio de Entzminger ensurdeceu ante a desilusão da onda gospel que traz o mundo para dentro da igreja e torna insípido o exemplo dos que deveriam ser fiéis.

Onde está a voz dos "levitas"? Deve estar afônica, lambuzada por guloseimas com sabor de mel ou rouca de tanto gritar só pra chamar a atenção para si dependurados em figueiras bravas.

Oremos irmãos: Deus, salve minha Pátria!  
 

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Eclair Cruz - Uma voz que se cala


"Ontem, dia 17/08/2010, aos 68 anos, faleceu em Hortolândia o amigo Eclair Cruz, vítima de câncer. Nascido em Palmeira das Missões RS, concluiu seus estudos médios no IACS, e a seguir cursou o teológico no IAE SP.

Em junho de 1968 o Pr. Feyerabend saiu do quarteto Arautos do Rei para dedicar-se ao evangelismo público, assim ele foi convidado para substituí-lo na comemoração dos 25 anos da Voz da Profecia. Dessa maneira foi formada a equipe que mais marcou os programas da VP e que mais deixou saudades harmônicas nos amantes da arte dos quartetos, a formação do Pensando em Ti: Eclair Cruz, Malton Braff, Enis Rockel e Roberto Conrad.

Só pra se ter uma idéia, eles gravaram de 1968 à 1971, 240 músicas, com uma qualidade musical de fazer inveja a qualquer grupo na era digital, e tudo isto num único microfone e com limitadíssimos recursos técnicos.

Eclair não chegou a concluir os estudos teológicos. Mas seu ministério foi sem igual. Além de marcar como o 1 tenor do principal grupo vocal brasileiro de quartetos entre todas as denominações evangélicas, era sensível escutá-lo quando solava. Curioso: não gostava de cantar em quartetos!

Durante décadas sua voz suave e seu fawcet tão tranquilamente colocado foram uma referência inquestionável entre os tenores. Ele me disse várias vezes que tinha péssima memória musical: nos ensaios, primeiro passavam as outras vozes, para depois ele “pegar”. Incrível: foi a pessoa que mais gravou em toda a história da VP. Para muitos que não sabem, ele era o responsável por todas as gravações dos programas radiofônicos da Voz, tanto para o Brasil quanto para os demais países de língua portuguesa. Por isto, chegou a passar várias vezes até 22 horas no estúdio, dormindo no chão ao lado dos aparelhos, para que os programas ficassem prontos e fossem enviados às emissoras. E seu jeito de cantar era inconfundível: sempre muito discreto, sorridente, mas objetivo em sua mensagem.

Só de Arautos foram: 1968-1975, 1985-1990! Sua discografia é muito vasta. Anote aí: 25 anos da VP, Pai Nosso, Pensando em Ti, Arautos em Spirituals, Os Arautos do Rei (cassete abóbora), Filho Pródigo, Arautos Para Crianças, Arautos e Del Delker, Arautos Especial, Aqui Chegamos Pela Fé, a coleção Redescobrindo, Grupo VP 76, Sou Um Milagre, Habita em Mim, Quem os Criou, Felicidade Sem Fim e Arautos em Cingapura. Fora os discos solos e participações especiais em outros projetos!

Quando falava do pastor Rabelo, parecia um filho falando do próprio pai. Quando se referia à VP, tinha uma clara compreensão de que o trabalho feito ali era unicamente evangelismo. Sobre os Arautos, era lacônico, sem ser ofensivo: o grupo foi criado e existe para ganhar pessoas para Cristo!

Casado com a querida tia Íria, o casal teve 3 filhos: Elder (mora em Hortolândia), Íris (enfermeira) e Elaine, ambas moram em São Paulo, Capão Redondo.

Tive o privilégio de visitá-lo em julho desse ano. Reclamou dos tratamentos, chorou diante de sua realidade (era muito humano), mas quando falamos da vida espiritual, ele foi á estante, mostrou-nos uma obra biográfica do apóstolo Paulo e disse: “O que me tem dado forças é ver neste livro a personalidade e a fidelidade desse gigante de Deus. O que aprendi com ele me fez reavaliar tudo o que havia aprendido durante todos os dias de minha vida”.

Ele descansou, mas Esperando a Manhã Radiosa!

Sinto saudades do amigo com quem tantas vezes conversei. Mas sinto-me feliz por seu impacto em minha vida. Deus o guarde até o dia de cantarmos juntos o cântico do Cordeiro, sob o mar de vidro!

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho

(Esse texto foi publicado no site www.4tons.com pelo pastor Marcelo – um profundo admirador e companheiro do quarteto Arautos do Rei)

Eclair não perdia nenhuma oportunidade para testemunhar através da música. Durante o culto de ação de graças dos Ex-Alunos do Instituto Adventista São Paulo (IASP), dias 4 e 5 de junho, mesmo enfraquecido pela doença, Eclair da Cruz se levantou da cama e chegou ao colégio apoiado nos braços do filho. Com entusiasmo e convicção ele cantou “Breve virá, breve virá, breve Jesus voltará”, ao lado de seus colegas da formação de 1970 (Malton Braff, 2º. tenor; Enis Rockel, barítono; e Roberto Conrado, baixo).

Leia mais em:

Portal Adventista

4Tons

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